Fala do pastor foi reação após ex-coach publicar um suposto laudo atestando que Boulos teria tido um surto psicótico causado por uso de cocaína
O pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, criticou severamente o ex-coach e candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), por divulgar um suposto laudo envolvendo o também candidato Guilherme Boulos (Psol). O documento, segundo Marçal, indicava que Boulos teria sofrido um “surto psicótico grave” após o uso de cocaína. Malafaia foi enfático em sua reprovação, classificando o ato como “inadmissível” e pedindo a prisão de Marçal.
“Esse bandido tem que ser preso! O psicopata do Pablo Marçal forjando documentos contra Boulos para dizer que ele é dependente de drogas. Inadmissível. Não é porque Boulos é o nosso inimigo político que vamos aceitar uma farsa dessa”, declarou o pastor em suas redes sociais na noite de sexta-feira (4/10).
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Reações nas redes e a condenação de Marçal
Na manhã de sábado, Malafaia voltou às redes para reforçar suas críticas, desta vez utilizando versículos bíblicos para condenar a atitude de Marçal. “Que caráter cristão é o nosso? Quem apoia mentira está ao lado do diabo (João 8.44), quem apoia a verdade, está ao lado de Deus (João 8.32)”, publicou Malafaia. O pastor se mostrou especialmente indignado com a tentativa de usar falsas acusações para prejudicar um adversário político, destacando que a disputa eleitoral não justifica o uso de artifícios desleais e fraudulentos.
As declarações de Malafaia foram uma resposta direta à publicação de Marçal em seu perfil no Instagram. O ex-coach compartilhou um suposto laudo médico afirmando que Boulos teria sido encaminhado para atendimento psiquiátrico devido ao uso de drogas. No entanto, até o momento, não há qualquer confirmação da autenticidade do documento divulgado por Marçal, que vem sendo amplamente questionado.
Defesa de Boulos e repercussão política
Guilherme Boulos ainda não se pronunciou oficialmente sobre o episódio, mas aliados próximos afirmam que o candidato está tomando providências legais para processar Marçal pela divulgação do documento falso. A equipe de Boulos classifica o ataque como mais uma tentativa desesperada de desestabilizar sua campanha, que vem crescendo nas últimas pesquisas eleitorais.
A divulgação do laudo falso também gerou uma repercussão negativa entre outros políticos. Lideranças de diferentes partidos repudiaram a ação de Marçal, defendendo que o debate político seja feito com base em ideias e propostas, e não em acusações infundadas.
Caminho legal e possíveis consequências
A ação de Pablo Marçal pode ter consequências sérias. Advogados consultados pela equipe de Guilherme Boulos informam que a divulgação de documentos falsos com o intuito de difamar um adversário político pode configurar crime de falsidade ideológica, difamação e até calúnia, dependendo do teor das acusações e da comprovação da falsidade do laudo.
Silas Malafaia, ao pedir a prisão de Marçal, mencionou que esse tipo de comportamento deve ser punido exemplarmente, para evitar que as eleições se transformem em um “campo de batalhas sujas”. O pastor, embora crítico de Boulos por divergências ideológicas, deixou claro que o uso de mentiras não pode ser tolerado, seja qual for o adversário.
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O impacto nas eleições
O episódio envolvendo o falso laudo contra Boulos surge em um momento delicado da corrida eleitoral em São Paulo. A disputa entre os principais candidatos tem se intensificado, e as trocas de acusações pessoais já começaram a aparecer nas campanhas. A atitude de Marçal, contudo, pode ser vista como um passo além, levando o embate eleitoral a um nível mais agressivo e prejudicial para o debate democrático.
Diante da gravidade do ocorrido, é esperado que o caso tenha desdobramentos legais nos próximos dias, além de afetar a imagem de Marçal, que já vinha enfrentando dificuldades para consolidar seu nome na disputa.