O debate na TV Cultura foi marcado por acusações, troca de ofensas e agressão a candidato
O debate, que prometia ser um evento importante na corrida eleitoral, transformou-se em uma cena de confronto físico e tensão, quando José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal (PRTB) durante a transmissão ao vivo. O episódio ocorreu no último domingo, 15, e obrigou a TV Cultura a interromper o evento e chamar a segurança. Além de Datena e Marçal, participaram do debate Guilherme Boulos (PSOL), Marina Helena (Novo), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).
Clima Acalorado e Confrontos
Desde o início, o debate foi marcado por regras rígidas que limitavam a interação entre os candidatos. No entanto, o clima esquentou rapidamente, especialmente após Pablo Marçal trazer à tona uma acusação de assédio sexual contra Datena. Marçal insinuou, com base em um trecho da música dos Racionais, que Datena havia cometido um crime grave. Datena, inicialmente calmo, refutou a acusação e devolveu o ataque, chamando Marçal de “ladrãozinho de banco”.
Agressão e Interrupção
A situação escalou no quarto bloco, quando Marçal confrontou Datena sobre sua candidatura, questionando quando ele cessaria o que chamou de “palhaçada”. Datena respondeu chamando Marçal de “bandidinho”, o que levou a uma troca acalorada de insultos. Em um momento de alta tensão, Datena tentou agredir Marçal com uma cadeira. O moderador do debate, Leão Serva, interrompeu imediatamente a transmissão e expulsou Datena do evento. Marçal deixou o local em busca de atendimento médico.
Desenvolvimento do Debate
O debate começou de maneira morna devido às regras estritas que proibiam adereços e permitiam apenas perguntas do mediador, Leão Serva. No primeiro bloco, Tabata Amaral discutiu propostas para habitação, Datena criticou a gestão de Ricardo Nunes, Marina Helena falou sobre segurança pública e Guilherme Boulos apresentou suas propostas para a educação. Marçal, mesmo sob restrições, tentou se destacar ao usar o símbolo “M” durante sua apresentação.
Trocas de Acusações e Desafios
No segundo bloco, além das trocas de acusações entre Datena e Marçal, houve um embate entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos. Nunes criticou Boulos sobre a “máfia das creches” e Boulos usou uma mensagem indireta para atacar Nunes sobre a violência contra mulheres. Marina Helena também se distanciou de Marçal, criticando sua estratégia de ataque e pressionando-o sobre o impeachment do STF.
Tensão e Reações Finais
O terceiro bloco foi relativamente calmo, com poucos confrontos diretos. Nunes intensificou suas críticas a Boulos e a Marçal, enquanto Boulos respondeu às críticas e apontou a falta de propostas concretas de Nunes para problemas sociais. Marçal e Nunes trocaram acusações sobre envolvimento com o crime organizado.
Impacto e Repercussão
Após a agressão a Marçal, Boulos lamentou o ocorrido e o debate focou mais nas disputas entre Nunes e Boulos. Tabata Amaral destacou a sub-representação feminina na política, criticando a postura masculina no debate e elogiando Marina Helena por manter o foco nas propostas. A situação deixou um cenário tenso e divisivo entre os principais candidatos, com repercussões que podem impactar a eleição.