Segundo bloco tem acusações entre Marçal e Datena, e troca de ofensa entre Boulos e Nunes

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Debate com candidatos à Prefeitura de São Paulo é promovido pela TV Cultura

Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB) Foto: Reprodução/TV Cultura

Faltando poucos dias para o primeiro turno das eleições municipais, os candidatos à Prefeitura de São Paulo participaram do quinto debate eleitoral no domingo, 16, promovido pela TV Cultura. Os seis candidatos mais bem posicionados nas pesquisas marcaram presença: Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).

Marçal e Datena: Confronto e Polêmicas

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No início do debate, Pablo Marçal, que foi proibido de usar boné devido às regras que vetam adereços de propaganda, fez o símbolo “M” com os dedos durante sua apresentação. A rigidez das regras no primeiro bloco limitou o confronto entre os candidatos, com perguntas feitas pelo mediador Leão Serva, baseadas em temas sorteados e sem espaço para réplicas ou comentários entre os concorrentes.

José Luiz Datena se recusou a questionar Marçal durante o debate. Marçal aproveitou a oportunidade para relembrar uma acusação de assédio sexual contra o apresentador. Datena, por sua vez, respondeu de forma tranquila, esclarecendo que a pessoa que o acusou havia se retratado e que foi responsabilizada pelo ocorrido. Em resposta, Datena chamou Marçal de “ladrãozinho de banco”, intensificando a troca de ofensas.

Tabata e Marina: Estratégias Divergentes

Tabata Amaral usou o debate para apresentar suas propostas na área de habitação, enquanto Marina Helena abordou a segurança pública e prometeu fortalecer a Guarda Civil Municipal. Datena focou em mobilidade e aproveitou a oportunidade para criticar a gestão de Ricardo Nunes. Boulos, por sua vez, destacou suas intenções para a educação, prometendo expandir o ensino integral.

Marina Helena, que se autodenominou a menos conhecida entre os candidatos, tentou se afirmar no debate. Ela interrompeu uma tentativa de Marçal de usar seu apoio para atacar Nunes e Datena, marcando uma mudança na parceria que havia formado com ele em debates anteriores. Marina também pressionou Marçal a se posicionar sobre o movimento pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Boulos e Nunes: Agressões e Acusações

O clima no debate esquentou na segunda rodada, quando Pablo Marçal trouxe à tona uma acusação de assédio sexual contra Datena, alegando que o apresentador havia cometido um “estupro”. Datena respondeu calmamente, mas contra-atacou chamando Marçal de “ladrãozinho de banco”. Esse embate intensificou o clima de hostilidade entre os candidatos.

Ricardo Nunes também teve um confronto direto com Guilherme Boulos. O atual prefeito questionou Boulos sobre o “busão da maconha e do crack”. Boulos, na sua vez de fazer perguntas, usou uma mensagem indireta para atacar Nunes, mencionando a falta de patrulha Maria da Penha em Interlagos, bairro onde Nunes reside. Essa referência foi uma alusão a uma antiga acusação de agressão feita pela esposa de Nunes, Regina Carnovale.

Troca de Ofensas e Alianças Rompidas

Marina Helena rompeu sua parceria com Marçal durante o debate, afastando-se das estratégias anteriores. Marçal tentou usar Marina como apoio para atacar Nunes e Datena, mas a candidata do Novo reagiu, acusando-o de desrespeito. O episódio marcou uma clara mudança nas dinâmicas do debate, evidenciando a polarização e o acirramento das disputas eleitorais.

O debate promovido pela TV Cultura destacou a acirrada disputa entre os candidatos e evidenciou as tensões e confrontos que têm caracterizado esta eleição municipal.

 

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