Deputada federal foi flagrada apontando uma arma de fogo para um homem às vésperas do 2º turno das eleições; ela saiu do país
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu permissão ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar o depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) antes de decidir se abre uma investigação sobre a parlamentar devido ao episódio em que ela apontou uma arma de fogo em direção a um homem, em São Paulo.
Em 29 de outubro, véspera do segundo turno das eleições, Zambelli e os seguranças dela se envolveram em uma confusão no bairro Jardins. Um homem abordou a parlamentar no meio da rua e a provocou. Em determinado momento, Zambelli passou a correr atrás do rapaz, assim como os seguranças dela. Um deles, inclusive, efetuou um disparo para o alto.
Durante a confusão, Zambelli sacou uma arma e apontou para o homem envolvido no episódio. A deputada gravou um vídeo no dia do ocorrido e disse que pegou o revólver depois de ter sido agredida e xingada. Uma nova gravação, de outro ângulo, no entanto, mostrou que o homem não tentou atingir a parlamentar em momento algum.
O depoimento da deputada foi solicitado pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araujo. “Com o escopo de averiguar preliminarmente as circunstâncias fáticas que envolvem autoridade com prerrogativa de foro perante o egrégio Supremo Tribunal Federal, urge sejam adotadas diligências investigativas para o completo esclarecimento dos fatos”, afirmou.
“Ante o exposto, o Ministério Público Federal, a título de diligências preliminares, requer seja autorizada a oitiva da deputada federal Carla Zambelli Salgado, a ser realizada pela Procuradoria-Geral da República, sem prejuízo de outras oitivas decorrentes que se afigurem necessárias”, complementou a vice-procuradora-geral da República.
No momento, Zambelli está fora do Brasil. Ela viajou aos Estados Unidos depois de ter as redes sociais suspensas por determinação da Justiça. A decisão partiu do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que entendeu que a deputada espalhou informações falsas sobre o processo eleitoral, além de ter incentivado a realização de atos antidemocráticos.
Zambelli afirmou que foi aos Estados Unidos para cumprir agendas pessoais e que aproveitaria a ocasião “para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”.
Fonte: R7
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