Prisão é relativa a uma denúncia de crime que teria acontecido em julho, já depois de outras denúncias contra o ex-PM virem à tona. Processo no Conselho de Ética da Câmara começou em abril.
O ex-vereador Gabriel Monteiro foi preso após se apresentar na 77ª DP (Icaraí). A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva dele, nesta segunda-feira (7), devido a um processo que ele responde por estupro. O ex-parlamentar nega o crime e disse que vai provar sua inocência.
A decisão é do juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio.
O caso pelo qual o parlamentar responde teria ocorrido no dia 15 de julho, já depois da divulgação de outras denúncias contra ele, inclusive por estupro. Portanto, o pedido de prisão preventiva faz parte de um novo processo, diferente, por exemplo, dos casos que foram analisados pelo Conselho de Ética da Câmara do Rio, que pediu a cassação do mandato do então vereador Gabriel Monteiro.
Uma estudante de 23 anos afirma que conheceu Gabriel na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e de lá foi levada para a casa de um amigo de Monteiro, no Joá, na Zona Sul.
Segundo a vítima, no local, Gabriel teria a constrangido a fazer sexo com ele, com violência, passando uma arma no seu rosto, empurrando-a na cama, segurando seus os braços e dando tapas na cara da vítima.
Na decisão, Rudi Baldi Loewenkron também determinou que sejam aprendidos celulares e armas de fogo do acusado. O processo corre em segredo de Justiça.
Por meio de sua rede social, Gabriel Monteiro negou o crime e disse que vai provar sua inocência.
“Fiquei sabendo pela minha advogada que foi decretada a minha prisão preventiva por um crime que eu não fui escutado na delegacia. Respeito as autoridades e por isso estou vindo aqui. Não fui conduzido pela polícia. Assim que fiquei sabendo vim imediatamente me entregar para a Justiça porque acredito nela e sei que minha inocência vai ficar comprovada. Não só tecnicamente, mas também para todo o Brasil, de forma que fique incontestável qualquer acusação contra mim”, disse Monteiro antes de se entregar.
Vereador cassado
Gabriel teve seu mandato cassado no dia 18 de agosto, após uma votação no plenário da Câmara, por quebra de decoro parlamentar.
Várias acusações foram feitas contra: assédio sexual, moral e tentativa de estupro. Gabriel Monteiro também foi acusado de intimidações, agressões e de cometer crimes contra menores de idade.
Nas denúncias analisadas pela Câmara, constam quatro acusações de mulheres que dizem ter sido estupradas.
Ao menos três delas afirmaram que as relações começaram de forma consentida e passaram para uma situação de violência.
Sempre que se pronunciou, Gabriel Monteiro negou os crimes.
*Estagiária sob supervisão de José Raphael Berrêdo
Fonte: G1