Allana Brittes é condenada a 6 anos de prisão no júri do caso Daniel

Caso Daniel Allana Brittes foi condenada a seis anos e 5 meses pela morte do jogador Daniel Foto: Instagram

O Tribunal do Júri de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, concluiu um dos julgamentos mais aguardados do país, proferindo veredicto no caso envolvendo a morte do jogador Daniel Corrêa. Allana Brittes, figura central no desenrolar dos eventos, foi condenada a uma pena de 6 anos 5 meses e 6 dias de prisão, além de 9 meses de detenção e 240 dias/multa, por fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo. A sentença determina que ela inicie o cumprimento da pena em regime fechado.

Como foi o júri da morte do jogador Daniel

O julgamento, que se estendeu por três dias, teve início na manhã de segunda-feira (20) no fórum de São José dos Pinhais. O primeiro dia foi marcado por extensos depoimentos de testemunhas, incluindo os relatos detalhados de Edison e Cristiana Brittes, pais de Allana. Estes depoimentos lançaram luz sobre os eventos que culminaram na fatídica morte de Daniel Corrêa Freitas.

No decorrer do julgamento, foram ouvidas 13 testemunhas, duas das quais sob sigilo a pedido da acusação. A maioria dos demais depoentes possuía vínculos familiares com os réus. Entre estes, familiares de outros acusados também compartilharam suas versões dos acontecimentos, ampliando a compreensão do contexto que cercava o caso.

Revelações no segundo dia de julgamento

No segundo dia de sessões, que perduraram por cerca de 11 horas, Allana Brittes e outros quatro réus foram convocados para prestar depoimento. O relato da jovem Allana, especialmente, trouxe novos elementos à tona, incluindo detalhes sobre o momento em que testemunhou seu pai, Edison Brittes, segurando o jogador pelo pescoço antes de sua morte.

Em seu depoimento, Allana descreveu os eventos que testemunhou naquela fatídica noite, incluindo o desespero de sua mãe e a confusão que se seguiu ao incidente.

Tensões no terceiro dia de julgamento

No terceiro dia, a atmosfera no tribunal se acirrou, com a equipe de acusação apresentando evidências que contradiziam os depoimentos dos réus. Vídeos exibidos durante os debates destacaram discrepâncias nos relatos apresentados, gerando tensão entre os presentes.

O clima tenso atingiu seu ápice quando o juiz Thiago Flôres ameaçou esvaziar o tribunal diante de aplausos da plateia durante uma troca acalorada entre o promotor e os advogados de defesa. A intervenção do magistrado visava garantir a imparcialidade do julgamento, reforçando a seriedade dos procedimentos legais em curso.

Este desfecho marca um capítulo significativo na busca por justiça no caso Daniel, cujos desdobramentos continuam a ecoar na sociedade brasileira.

Com a condenação de Allana Brittes, encerra-se mais uma etapa neste doloroso episódio, ainda que as cicatrizes deixadas por este caso trágico permaneçam como um lembrete constante dos perigos da impunidade e da violência desenfreada.

Nota do autor: Este artigo tem como objetivo fornecer um resumo imparcial dos eventos relacionados ao julgamento do caso Daniel, refletindo os fatos conforme apresentados durante os procedimentos legais. Qualquer opinião expressa é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a posição editorial da Nitro News Brasil.