Ataque aos ônibus no Rio de Janeiro é o maior da história da cidade, diz sindicato

Incêndios estariam ocorrendo em resposta à ação da Polícia Civil, que baleou Matheus Rezende, que é sobrinho de um miliciano

O ataque aos ônibus no Rio de Janeiro ganha proporções históricas, conforme relato do sindicato das empresas de ônibus. Em uma tarde caótica nesta segunda-feira (23), mais de 30 veículos foram alvo de incêndios, marcando esse como o maior ataque do gênero na cidade até o momento. O tumulto e a violência se desencadearam em decorrência da morte de Matheus Rezende, conhecido como Faustão, sobrinho de um influente miliciano da região de Santa Cruz, durante uma operação policial.

Tensão nas Comunidades

A comunidade de Três Pontes testemunhou a ação da Polícia Civil que resultou no baleamento de Matheus Rezende, um dos membros da hierarquia da milícia local. Esforços para socorrê-lo, juntamente com um comparsa, o conduziram ao Hospital Pedro II na mesma região, mas seus ferimentos foram fatais, e ele não sobreviveu. As autoridades alegam que Matheus ocupava a posição de segundo homem mais importante na hierarquia da milícia na região, o que potencializou a resposta violenta dos criminosos.

Ação das Forças de Segurança

Nesse contexto de crescente tensão, o Comando de Operações Especiais da Polícia Militar tomou medidas para conter a situação, enviando equipes para áreas consideradas de risco elevado. Enquanto a cidade do Rio de Janeiro se via envolvida em chamas, pneus eram incendiados e veículos eram estrategicamente colocados atravessados nas vias expressas, paralisando o tráfego e a rotina dos cidadãos. Além disso, mais de 32 escolas se viram obrigadas a suspender as aulas devido à violência que tomou as ruas.

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Impacto no Transporte Público

O BRT Transoeste, um importante corredor de ônibus que atende a zona oeste da cidade, viu suas operações drasticamente impactadas pelos ataques. Durante a tarde, somente duas linhas permaneciam em funcionamento, enquanto as demais foram suspensas, prejudicando a mobilidade dos cariocas. O caos nas vias públicas e a paralisação do transporte público deixaram a população em estado de alerta, e as autoridades se mobilizaram para restaurar a ordem na cidade.

Desafios de Segurança Pública

Os eventos que marcaram essa tarde caótica no Rio de Janeiro reforçam a necessidade de abordar a questão das milícias e a segurança pública de maneira eficaz. A cidade, conhecida por sua beleza e cultura vibrante, enfrenta desafios persistentes relacionados à criminalidade e à violência, demandando ações conjuntas das autoridades e da sociedade para restaurar a tranquilidade nas ruas. O sindicato das empresas de ônibus, juntamente com a comunidade, espera que medidas enérgicas sejam tomadas para conter a escalada de violência e garantir a segurança de todos os cidadãos.