Bruno Covas é enterrado no Cemitério do Paquetá, em Santos

Cerimônia restrita a familiares e convidados pôde ser acompanhada online; sepultamento do prefeito ocorreu em sua cidade natal

Filho de Bruno Covas se despediu do pai junto com familiares no Cemitério do Paquetá, em Santos, SP — Foto: Matheus Tagé/Jornal A Tribuna

O corpo do prefeito Bruno Covas (PSDB) chegou à cidade de Santos, no litoral paulista, por volta das 17h30 deste domingo, 16, após um corjeto percorrer ruas do centro e da zona sul da capital paulista. Na entrada da cidade e ao longo de passarelas e viadutos que cruzam a Rodovia dos Imigrantes, apoiadores do prefeito estiveram reunidos ao redor de faixas e bandeiras para se despedir dele.

A rua de acesso ao Cemitério Paquetá, localizado no bairro do mesmo nome da cidade da Baixada Santista, foi bloqueada para a cerimônia de sepultamento, que foi fechada, sem a presença da imprensa. O prefeito foi sepultado no mesmo jazigo onde seu avô, Mário Covas, foi enterrado em 2001. Os restos mortais do ex-governador, porém, já não estão mais lá. Foram transferidos para um mausoléu do próprio cemitério há alguns anos, de acordo com a Prefeitura.

Na cerimônia, além de parentes, estavam o agora prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), e o governador João Doria (PSDB). Após o sepultamento, Doria fez um breve pronunciamento, acompanhado de sua mulher. Disse que São Paulo não perdia apenas seu prefeito, mas “um grande cidadão”, “defensor da democracia” e destacou que o tucano “deu o exemplo durante sua vida pública”.

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No começo da tarde, Covas foi velado em uma cerimônia rápida no saguão da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, centro da cidade. O velório foi restrito a cerca de 20 pessoas. Do lado de fora do prédio, apoiadores políticos, pessoas com bandeiras do Santos e do Brasil e algumas centenas de populares compareceram para se despedir do prefeito. Em função da pandemia do coronavírus, a cerimônia  foi transmitida pela internet.

Os pais de Covas, Pedro Mauro Lopes e Renata Covas Lopes, estavam na primeira fileira de pessoas ao lado do corpo, que ficou em um caixão sobre um tapete vermelho no saguão do prédio. Doria, que chegou por volta das 14h, pouco após o início da cerimônia, sentou-se com a primeira-dama, Bia Doria, na segunda fileira.

A cerimônia foi celebrada pelo padre Rosalvino Moran Vinãyo, da Obra Social Dom Bosco, que era ligado ao governador Mário Covas, avô de Bruno.

Nunes e sua mulher Regina posicionaram-se em pé atrás de Doria, em uma terceira fileira, ao lado do filho de Bruno, Tomás Covas, de 15 anos. O jovem estava abraçado e era confortado pelo oncologista Tulio Pfiffer, médico do Hospital Sírio-Libanês que tratou do prefeito. Gustavo Covas, irmão do prefeito morto neste domingo, e Karen Ichiba, mãe de Tomás, também estavam nesta terceira fileira.

Nunes chegou à Prefeitura antes da cerimônia ter início, e aguardou o início do ato no segundo andar do prédio, na companhia do marqueteiro Felipe Soutelo, responsável pela campanha eleitoral de 2020 que terminou com a vitória da dupla.

O corpo de Covas foi transportado por guardas-civis e pelo filho Tomás da Prefeitura para um caminhão dos bombeiros e saiu para o Viaduto do Chá às 14h35. O público do lado de fora deu uma salva de palmas ao prefeito e soltou bexigas brancas. O caixão estava coberto por bandeiras do Estado de São Paulo, da cidade e do Brasil.

O cortejo fez um percurso saindo do centro de São Paulo em direção à Praça Oswaldo Cruz, onde o corpo foi transferido para um veículo funerário, antes de seguir até o Cemitério Paquetá, em Santos, onde está sepultado seu avô, Mário Covas.

Doria saiu do cemitério acompanhado da esposa e do padre que celebrou a cerimônia — Foto: Matheus Tagé/Jornal A Tribuna

Veja por onde passou o cortejo fúnebre, segundo informações da Prefeitura:

– Viaduto do Chá

– Pça Ramos de Azevedo

– R. Conselheiro Crispiniano

-Largo Paissandu

– Av. S. João

– Av. Ipiranga

– R. da Consolação

– Túnel José Roberto Fanganiello Melhem

– Av. Paulista

– Praça Oswaldo Cruz

Fonte: Estadão