Delegado afirma que roupas são semelhantes a usada pelo soldado Leandro, mas precisa da perícia para confirmar identidade. IML fará exame para comprovar identidade do policial rodoviário
A polícia encontrou neste sábado (5), durante as buscas pelo policial militar Leandro Patrício no terreno da Petrobrás, em Heliópolis, zona sul de São Paulo, um corpo que pode ser do soldado que está dasaparecido há uma semana.
O delegado Fábio Pinheiro, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, informou que acredita que se trate do corpo do PM porque as vestimentas se assemelham com as roupas que Leandro usava no dia do desaparecimento e o estado de composição indica que foi enterrado na mesma data. No entando, segundo ele, ainda é necessária a realização da perícia para confirmação.
A Polícia Civil irá pedir a prisão temporária de três suspeitos na próxima segunda-feira (7).
De acordo com o capitão da Polícia Militar que atua nas buscas, há dois dias a corporação recebeu, via disk denúncia, a informação de que teria sido ouvido comentários sobre o corpo de um policial morto na comunidade. Ele teria sido enterrado no terreno da Petrobrás.
A partir dessa informação, a polícia intensificou as buscas no local.
Leandro é lotado em um batalhão da Rodovia Anchieta, da Polícia Rodoviária Estadual, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. Ele entraria no trabalho às 05h de domingo (30), porém nunca apareceu.
De acordo com Kelly Patrocínio, irmã do policial, ele é casado e tem uma filha de um ano e dez meses. Além disso, toda a sua família mora no Rio de Janeiro. Leandro reside no quartel, e nas folgas retorna ao Rio. O soldado é muito tranquilo e nunca recebeu ameaças, segundo Kelly.
A Polícia Civil identificou dois suspeitos de participarem do sequestro e morte do soldado, na tarde desta sexta-feira. A delegacia representou pela prisão temporária de ambos, que está sendo analisada pela Justiça.
Um dos suspeitos já cumpriu pena por tráfico de drogas, e o segundo não tem passagens pela Polícia. Eles foram identificados, mas não localizados.
Os investigadores acreditam que pelo menos quatro pessoas participaram da morte do soldado. A polícia encontrou impressões digitais dos dois suspeitos na casa onde estava o relógio de Leandro, em que funcionava o cativeiro.
De acordo com o delegado Fábio Pinheiro, equipes realizaram buscas na boate Helipa Lounge, mas quando chegaram já tinha sido levado o circuito de gravações. Máquinas de pagamento de cartão foram apreendidas.
O dono da boate prestou depoimento na delegacia nesta sexta-feira (4) e disse que o soldado não chegou a entrar na boate, somente no bar, que fica ao lado, onde gastou 12 reais.
O local onde seria o cativeiro fica bem próximo. Há comprovação, portanto, de movimentação dele no perímetro. Em uma viela, foram encontradas manchas de sangue. A viela desboca no terreno, onde estão sendo feitas escavações.
Fonte: R7
Comments are closed.