Para pessoas que necessitam de doação de órgãos, o tempo é crucial. Dependendo do tecido a ser transplantado, uma janela de poucas horas pode definir o sucesso de um procedimento delicado. Para isso, o Centro Nacional de Transplantes conta com o apoio da Força Aérea Brasileira para transportar equipes médicas de coleta, que conseguem se mobilizar em menos de duas horas para buscar o órgão e levar ao receptor em qualquer lugar do Brasil.
O Comando de Operações Aeroespaciais, localizado em Brasília, é responsável pelo planejamento das missões, explicou hoje (13) o brigadeiro do ar Francisco Bento Antunes Neto, chefe do Centro Conjunto de Operações Aeroespaciais (CCOA) em entrevista ao programa A Voz do Brasil.
Segundo o brigadeiro do ar, em 2021 foram transportados 278 órgãos. Em 2022, já foram 140 – com cerca de 1,2 mil horas de voo feitas por ano. Com essa média, o total de transportes de órgãos no ano deve ficar em 300. Fígados e corações são as cargas mais comuns do transporte de órgãos realizado pela Força Aérea.
Durante o programa, o brigadeiro do ar Francisco Bento Antunes Neto se recordou de uma das centenas de histórias de sucesso possíveis graças ao trabalho do centro. “Passados alguns meses da recuperação de uma paciente, ela recebeu a visita da equipe que fez o transporte. Foi emocionante para os militares verem a recuperação da paciente. Saber que aquele órgão que estava na aeronave com eles estava no corpo da menina, que estava se recuperando e, se Deus quiser, terá uma vida longa”, explicou.