Ciclone extratropical: corda se rompe durante resgate e mulher morre, no RS

Tragédia durante operação de resgate no Rio Grande do Sul

Uma tragédia se abateu sobre o Rio Grande do Sul nesta terça-feira, quando uma operação de resgate durante a passagem de um ciclone extratropical resultou na morte de uma mulher. O cabo que puxava a vítima para o helicóptero se rompeu, levando tanto a mulher quanto um policial militar a caírem na água, sendo arrastados pela correnteza implacável. Essa fatalidade ocorreu em meio a um cenário já devastador, com um total de 21 pessoas perdendo a vida devido aos impactos do ciclone extratropical.

Apenas entre 18h e 18h30 desta segunda-feira, o rio subiu 60 centímetros — Foto: Reprodução

Tragédia no Resgate

O governador do Estado, Eduardo Leite, expressou sua consternação diante do trágico desfecho da operação de resgate. Ele relatou que um dos socorristas, um policial da Brigada Militar, estava resgatando uma senhora sobre o rio Taquari quando o cabo que os sustentava se rompeu. Este acidente resultou na perda de vida da mulher, enquanto o policial foi resgatado e encaminhado para o hospital com ferimentos, embora sem risco de vida.

Número Crescente de Vítimas

Até o início da tarde do mesmo dia, apenas seis mortes haviam sido confirmadas. No entanto, o governador Leite anunciou, durante uma coletiva de imprensa, que outras 15 pessoas perderam a vida na cidade de Muçum. O município, banhado pelo Rio Taquari, testemunhou um aumento alarmante do nível da água, com um aumento de 20,70 metros devido à passagem do ciclone extratropical e os temporais. Em um curto intervalo de meia hora, entre 18h e 18h30 da segunda-feira anterior, o rio subiu impressionantes 60 centímetros.

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Enchente Histórica Ameaça

A situação em Muçum tornou-se ainda mais alarmante com a projeção da Defesa Civil do Estado de que o nível do Rio Taquari poderia chegar a 24,92 metros, o que representaria a maior enchente registrada na história da região. Em resposta a essa ameaça iminente, a prefeitura exortou todas as famílias residentes em áreas afetadas ou próximas a elas a recolherem seus pertences e buscarem abrigo seguro.

Primeiras Vítimas da Tragédia

Os primeiros óbitos registrados no Rio Grande do Sul foram do casal Delve Francescatto, de 50 anos, e Ironi de Fátima Godoi Francescatto, de 44. Eles tiveram seu carro arrastado pela correnteza na cidade de Ibiraiaras, enquanto retornavam para casa após saberem que a residência em que viviam havia perdido as telhas no vendaval.

No mesmo contexto, Cristiano Schusler, de 41 anos, perdeu a vida quando seu carro foi arrastado pela correnteza em Mato Castelhano. O veículo foi encontrado submerso no Rio Piraçuce, que transbordou. Uma pessoa que estava com ele conseguiu escapar e sobreviver.

Morte por Descarga Elétrica

Outra vítima desse ciclone devastador foi Neri Roberto Gonçalves da Silva, de 67 anos, que morreu devido a uma descarga elétrica em Passo Fundo, após um forte temporal atingir a cidade. Neri, conhecido como Beto, era um perito em elétrica e foi encontrado caído em sua casa.

Tragédia na Ajuda ao Vizinho

Moacir Engster, de 58 anos, também perdeu a vida na terça-feira, no município de Estrela. Ele foi vítima de uma descarga elétrica enquanto ajudava um vizinho a remover móveis de casa. Moacir era pai do secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo de Teutônia, Guilherme Moacir Engster.

Reflexão sobre a Tragédia

Essa série de tragédias no Rio Grande do Sul demonstra a devastação causada pelo ciclone extratropical e seus efeitos diretos e indiretos na vida das pessoas. À medida que a região enfrenta os desafios de lidar com as consequências dessa catástrofe, as comunidades locais e as autoridades trabalham incansavelmente para prestar assistência e apoio às vítimas, além de buscarem medidas de prevenção e segurança em situações futuras.