Os especialistas estão observando o fenômeno de maneira apreensiva há algumas semanas
As mudanças climáticas estão cada vez mais constantes e severas. Chuvas fora de época, ondas de calor que não existiam, ressacas mais violentas, tornados em regiões que nunca haviam registrado o fenômeno antes e, agora, instabilidades de grande preocupação no vórtice polar sul colocam cientistas em apreensão.
Para entender melhor, o vórtice polar é uma gigantesca massa de ar frio que circula em forma de correntes de vento sobre os polos. No Hemisfério Sul os cientistas observam de forma apreensiva, há algumas semanas, a movimentação dessas correntes, que estão acontecendo de maneira desordenada, instável e preocupante.
Até então o fenômeno era considerável estável, ou seja, se comportava sempre de maneira igual. Todavia, de algumas semanas para cá, ele tem enfraquecido, perdido velocidade e aumentado sua temperatura na estratosfera. Essas oscilações são consideradas perigosas, principalmente para a Nova Zelândia, Austrália e América do Sul, onde o Brasil está.
Caso haja um colapso neste vórtice polar sul, isso significa uma mudança na direção das correntes de ar frio, que girariam ao contrário, e o Brasil poderia ter ondas de calor extremamente quentes, secas e duradouras, o que coloca em risco a saúde de crianças e pessoas portadoras de doenças cardíacas, sejam elas leves ou graves.
E estamos falando de um calor de mais de 47 º C que permaneceria por 2, 3 ou 5 meses.
Um colapso no vórtice polar sul ainda pode causar mudanças climáticas repentinas, com fortes e perigosos temporais, alagamentos, ventos destrutivos, ressacas volumosas, inundações e tempestades de raios assustadoras.
Se no Brasil pode esquentar à níveis letais, no Hemisfério Norte há risco de centenas de pessoas morrerem congeladas.
*Com informações do serviço meteorológico neozelandês (NIWA), Super Interessante e Meteored