Cigana diz que suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado tinha dívidas com ela

Suyany Breschak foi presa por envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond; a cigana teria ajudado a namorada da vítima a se livrar dos bens do homem

cameras de seguranca registraram o momento em que luiz e julia deixam a piscina e entram no elevador
Julia Andrade suspeita do crime no elevador com o namorado Foto: Policia Civil RJ

Prisão e Acusações

A cigana Suyany Breschak foi presa por envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond. Suyany afirmou que a namorada da vítima, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, a principal suspeita do assassinato, tinha uma dívida de R$ 600 mil com ela. Após o crime, Suyany ajudou Júlia a se desfazer dos bens do empresário.

Investigação Policial

Durante as investigações, a polícia descobriu que o veículo de Luiz Marcelo foi levado para Cabo Frio, na Região dos Lagos, supostamente vendido por R$ 75 mil. O comprador apresentou um documento escrito à mão, que alegou ser assinado pelo empresário. Além do veículo, foram encontrados com o comprador o telefone celular e o computador da vítima, o que levou à prisão em flagrante por receptação.

A partir dessas informações, a polícia chegou a Suyany Breschak. Ela confessou ter ajudado a se livrar dos pertences do empresário. Um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado foi cumprido contra ela na quarta-feira (29). A Polícia Civil segue buscando Júlia, a principal suspeita do crime.

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Detalhes do Crime

Luiz Marcelo foi dado como desaparecido no dia 17 de maio. Imagens de câmeras de segurança do elevador do prédio onde ele morava com Júlia, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio, mostram o empresário carregando um prato enquanto Júlia lhe oferece uma cerveja. A polícia suspeita que o prato continha um brigadeirão envenenado.

O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado no apartamento no dia 20 de maio. O laudo de necrópsia não determinou a causa da morte, mas identificou uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo, indicando que Luiz morreu entre três a seis dias antes de ser encontrado. A polícia acredita que Júlia permaneceu no apartamento com o corpo durante o fim de semana de 18 e 19 de maio, fugindo apenas na segunda-feira (20), levando consigo pertences e o carro do empresário.

Atividades da Cigana

Suyany Breschak, conhecida como Cigana Esmeralda, fazia sucesso nas redes sociais, acumulando quase 700 mil seguidores. Ela se apresentava como uma “cigana legítima de berço” e oferecia diversos serviços espirituais. Entre eles, amarrações amorosas, casamento espiritual, consultas com cartas, búzios e tarô, limpeza espiritual, abertura de caminhos e pactos de prosperidade.

Suyany cobrava R$ 50 por consultas por chamada de voz e R$ 100 por vídeo. As amarrações, realizadas em dias específicos, tinham um custo de R$ 1.000. Em uma de suas postagens, ela afirmava: “Na minha consulta, não precisa você falar nada. Eu te revelo o presente, o passado, o futuro e ambas as partes da sua vida”.

Conexão com o Crime

A ligação de Suyany com Júlia Andrade começou a ser investigada após a prisão do homem que comprou o carro do empresário. Suyany revelou que ajudou Júlia a se livrar dos bens de Luiz Marcelo para tentar receber parte da dívida que Júlia tinha com ela. Com a prisão temporária decretada, Suyany aguarda o desenrolar das investigações.

Busca pela Suspeita

A Polícia Civil intensifica as buscas por Júlia Andrade Cathermol Pimenta. Até o momento, Júlia está foragida e é considerada a principal suspeita do homicídio de Luiz Marcelo. As autoridades esperam que novas informações possam surgir com a prisão de Suyany, ajudando a localizar e prender Júlia.

Impacto nas Redes Sociais

O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais devido à popularidade de Suyany como Cigana Esmeralda. Seus seguidores ficaram chocados com as revelações e muitos expressaram incredulidade e decepção. A conta de Suyany nas redes sociais foi desativada após sua prisão.

A investigação continua e a Polícia Civil pede para que qualquer informação sobre o paradeiro de Júlia seja reportada às autoridades. O caso ressalta a complexidade das relações humanas e as consequências devastadoras que podem surgir de dívidas e promessas não cumpridas.