Deadpool é o filme da Tela Quente de hoje; veja crítica do filme de Ryan Reynolds

A GLOBO EXIBE HOJE NA TELA QUENTE, DESTA SEGUNDA-FEIRA (15/02), O FILME DEADPOOL ESTRELADO PELO ATOR RYAN REYNOLDS

O Tela Quente de hoje (15/2), às 23h55 na TV Globo, exibe o filme “Deadpool” (2016). Um dos personagens mais irreverentes do universo cinematográfico Marvel — e que, diante do sucesso com o público, ganhou outras duas sequências na telona —, o ex-mercenário Wade Wilson (interpretado por Ryan Reynolds) protagoniza sequências de ação embaladas por doses de humor nesta produção.

Na ficção, depois de ser submetido a um desonesto experimento que o deixa com poderes de cura acelerada, mas desfigura seu rosto, o agente Wilson adota o alter ego de Deadpool. Armado com suas novas habilidades e um senso de humor negro e distorcido, ele persegue o homem que quase destruiu sua vida.

Abaixo, leia a crítica de “Deadpool”, escrita por André Miranda e publicada na edição impressa do GLOBO em fevereiro de 2016, à época da estreia do longa-metragem nos cinemas.

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Deadpool filme da Tela Quente Foto: Divulgação/Marvel

‘DEADPOOL’: SARCASMO PARA RENOVAR O GÊNERO

O objetivo de “Deadpool” é esculhambar com a chatice do gênero de cinema no qual ele próprio se apoia. Acontece que foram lançados muitos filmes de super-heróis de uns anos para cá, e até mesmo há alguns que não têm heróis, mas que são feitos como se o mundo estivesse cheio de Batmans. Com raras exceções, é um cinema puramente de entretenimento, produzido para encher a cueca vermelha dos estúdios de dinheiro. Nada contra, mas eles seguem uma fórmula tão repetida que já cansou.

Interpretado por Ryan Reynolds pela segunda vez (depois do fracassado “X-Men Origens: Wolverine”, de 2009), o tagarela Deadpool, então, parecia o personagem perfeito para balançar esse universo certinho dos heróis. Nos quadrinhos, seu diferencial é ter a capacidade de quebrar a quarta parede e poder conversar com o leitor, além de ostentar um sarcasmo maldoso que faz as piadas do Homem de Ferro de Robert Downey Jr. parecerem textos fofinhos ditos pela Hello Kitty.

O filme dirigido por Tim Miller se aproveita de todas essas características do antiherói, com um roteiro que tem ótimos diálogos — como as engraçadas referências ao nome de Reynolds e as provocações a outras produções de super-heróis. Já a trama é basicamente uma história de vingança sem muita graça: o mercenário Wade Wilson tenta encontrar o responsável tanto por lhe dar os poderes de Deadpool (fator de cura, imunidade etc), quanto por deixar seu rosto desfigurado.

Sem um enredo melhor, aos poucos as brincadeiras do personagem vão deixando de surpreender, e não há muito a que se apegar. Por mais que insista em ser diferente, “Deadpool” acaba com os mesmos problemas do restante dos filmes de heróis: muitos músculos e nem tanto cérebro. Algumas piadas são, sim, divertidas, mas ainda estão longe de resgatar o interesse nesse gênero de cinema.

Fonte: O Globo