Os deputados do partido pediram a quebra do sigilo telefónico e telemático e a busca e apreensão de provas e documentos
Deputados do Psol entraram com pedido de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal). Aqui está o documento completo (341 KB) arquivado nesta segunda-feira (2 de janeiro de 2023).
O partido fala da necessidade de “investigar manifestações de golpe” com “o possível objetivo de atentar contra a democracia e o Estado de Direito”. Os deputados do Psol também falam do “risco iminente do ex-presidente fugir e não voltar ao país”.
“Dada a repetição de crimes cometidos anteriormente e repetidos ataques ao processo eleitoral e ao Estado Democrático de Direito, Sr. Jair Messias Bolsonaro”.
Na petição, o Psol aponta que Bolsonaro mantém uma “base radicalizada ativa” que se configura como uma “organização criminosa contra a democracia”. Além disso, ele menciona vários atos de vandalismo desde o fim do 2º turno das eleições.
“Acampamentos em frente ao quartel implorando por uma intervenção violenta das forças armadas contra o presidente eleito democraticamente e legitimamente”, diz o pedido.
A petição foi assinada pelos deputados federais Sâmia Bomfim (SP), Juliano Medeiros, Fernanda Melchionna (RS), Ivan Valente (SP), Vivi Reis (PA), Áurea Carolina (MG), Glauber Medeiros (RJ), Luiza Erundina (SP ), Talíria Petrone (SP), Erika Hilton (SP), Tarcísio Motta (SP), Chico Alencar (SP), Henrique Vieira (RJ), Célia Xakriabá (MG), Luciene Cavalcante (SP), Guilherme Boulos (SP).
O documento é dirigido ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Além do mandado de prisão, o tribunal perguntou:
- quebra de sigilo telefônico e telemático;
- busca e apreensão e provas e documentos;
- apreensão do passaporte do ex-presidente.
Correção
02 de janeiro de 2023 (13h47) – Ao contrário do que foi publicado nesta reportagem, o nome de uma das deputadas do Psol que assinou a petição é Luciene Cavalcante e não Luciane Cavalcante.