Há mais de um ano vivendo na pandemia do Covid-19, trabalhadores mais pobres do Brasil utilizam aparelhos celulares para atividades remotas de trabalho. As classes C, D e E usam quatro vezes mais celulares para trabalhar em casa do que as classes A e B. Essa análise foi computada pelo Melhor Plano, plataforma de telecom de comparação de preços de planos de internet, a partir dos microdados da pesquisa TIC Domicílios, produzida pelo Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação (Cetic).
As pessoas classificadas pela classe C utilizam 51% a mais de celulares do que outros dispositivos para trabalhar. E pessoas entre as classes D e E utilizam cerca de 84% de celulares, do que outros dispositivos, como notebook e computador de mesa, para fazer o seu trabalho remoto durante a pandemia.
As pessoas classificadas pelas classes A e B utilizam apenas 22% dos aparelhos celulares para trabalhar em ambiente remoto, número quase duas vezes menor apontado pela classe C e quase três vezes menor pelas classes C e D. Como principal ferramenta de trabalho das classes A e B estão o notebook, com 52%, e o computador de mesa, com 25% de uso.
O uso de celular para atividades remotas torna-se o recurso mais barato e democrático para os brasileiros das classes C, D e E, já que os planos controle e pós-pago ficaram mais acessíveis nos últimos anos. Em 2020, por exemplo, o acesso ao pós-pago se equiparou ao pré-pago, segundo os últimos microdados da Anatel”, comenta Felipe Byrro, co-fundador do site Melhor Plano.
Escolaridade influencia no uso de celulares para trabalhar
O aumento do uso de aparelhos celulares para atividades remotas entre as pessoas ainda varia, dependendo do grau de escolaridade. Quase 70% das pessoas com ensino fundamental dizem utilizar o aparelho de celular para trabalhar. As pessoas com ensino superior utilizam muito menos o aparelho celular (21%) e mais o notebook para trabalhar (56%).
Uso de celulares por idade
Já as pessoas com mais de 60 anos optam por utilizar notebooks para trabalhar (67%), seguido do computador de mesa (29%) e o celular quase não utilizam, representando apenas 4% nessa faixa etária.
Números bem diferentes das faixas 16-24 anos (56%), 25-34 anos (44%), 35-44 anos (38%) e 45-59 anos (27%), que utilizam o aparelho celular para trabalhar em atividades remotas.
Sobre o Melhor Plano
Fundado em 2015, o Melhor Plano é uma plataforma especializada na comparação imparcial e transparente de planos de telefonia e internet no Brasil. O site, que tem como missão ajudar os consumidores a tomarem decisões mais assertivas, compara serviços individuais e para família com até 5 linhas, do tipo controle e pós-pago, além de internet banda larga, tv por assinatura, fixo, combos e cartões de crédito. Até o momento, estima-se que mais de 30 milhões de pessoas foram impactadas por seus comparadores.
Jornalista responsável
Cleo Ibelli
(12)98116-6856