Festa da Cueca: Ex-delator da Lava Jato revela que desembargadores do TRF 4 foram chantageados por Moro

Delator afirma que desembargadores envolvidos no caso Lula participaram de festa com prostitutas em Curitiba durante a Lava Jato

Em uma entrevista concedida ao programa Boa Noite 247, Tony Garcia trouxe à tona uma revelação bombástica. Segundo ele, desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4-RS) foram chantageados após participarem de uma festa conhecida como “festa da cueca” em Curitiba, durante os desdobramentos da Operação Lava Jato.

No TRF4, onde são analisadas as ações da segunda instância, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado por unanimidade no caso do triplex do Guarujá.

De acordo com Garcia, a festa da cueca ocorreu na suíte presidencial de um hotel em Curitiba, e diversos desembargadores estavam presentes, acompanhados por garotas de programa. Ele relatou o ocorrido ao jornalista Joaquim de Carvalho, destacando a natureza comprometedora dessa situação.

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Gravação ilegal e manipulação de informações

Tony Garcia também revelou que gravou ilegalmente o ex-governador do Paraná, Beto Richa, em 2018, a mando do ex-juiz Sérgio Moro. Ele expressou indignação com a forma como a política foi criminalizada, enfatizando a perseguição contra políticos, tribunais superiores, jornalistas e advogados, com o intuito de prejudicar o Partido dos Trabalhadores (PT) e impedir a candidatura de Lula.

Além disso, Garcia mencionou que informou a juíza Gabriela Hardt sobre muitas dessas práticas questionáveis, incluindo a pressão exercida por Eduardo Cunha, seu amigo, para buscar informações contra o PT. No entanto, segundo o delator, suas denúncias foram ignoradas e engavetadas.

A necessidade de transparência e investigação

Tony Garcia enfatizou a importância de investigar a fundo todas essas questões e de promover uma limpeza no sistema judiciário brasileiro. Ele ressaltou a necessidade de uma CPI da Lava Jato, conduzida pelos senadores, para esclarecer os fatos e garantir a transparência na justiça.

É crucial que os órgãos competentes investiguem as acusações feitas pelo delator, a fim de avaliar a veracidade dos fatos e garantir a integridade e imparcialidade do sistema judicial brasileiro. O Brasil precisa passar por um processo de esclarecimento para que a confiança na justiça seja restabelecida e a verdade prevaleça.