A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 277 km de congestionamento às 18h30. Na tarde da terça-feira (18), no mesmo horário, foram registrados 195 km. Sindicato faz assembleia para definir se mantém paralisação, que reivindica reposição salarial.
Cerca de 2 milhões de passageiros foram afetados durante esta quarta-feira (19) pela greve dos metroviários, que paralisou de forma integral ou parcial três linhas do Metrô e uma do monotrilho. A cidade de São Paulo registrou altos índices de congestionamento.
Os metroviários de São Paulo aprovaram a greve por reposição salarial a partir da 0h desta quarta. A decisão ocorreu em uma assembleia na noite da terça-feira (18). Os trens das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata sofreram paralisações.
Uma audiência de conciliação entre o Metrô e os grevistas foi realizada nesta tarde e durou cerca de 3 horas. A reunião foi mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho, que fez uma proposta de reajuste de 7,79% tanto no salário quanto no vale-refeição e ainda no pagamento da parcela referente à participação de resultados de 2019, para ser paga em janeiro de 2022. A proposta, no entanto, foi recusada pelo Metrô.
O sindicato dos trabalhadores informou que fará uma nova assembleia na noite desta quarta-feira para verificar com os metroviários se aceitam a proposta do Metrô ou se permanecem paralisados. O sindicato deverá informar a decisão à Justiça até a meia-noite desta quarta.
Reflexos da greve
Os passageiros que ficaram sem o meio de transporte tiveram de recorrer a aplicativos ou andar até o terminal de ônibus mais próximo. Também foi registrada aglomeração nas estações que estavam em funcionamento. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 277 km de congestionamento às 18h30. Na tarde de terça-feira (18), no mesmo horário, foram registrados 195 km.
Eles começaram a sentir os efeitos da greve na madrugada. “Nós, que trabalhamos em um horário da madrugada, chegamos em casa para dormir e acordar para trabalhar e somos surpresos com isso”, afirma o segurança Genildo Lima dos Anjos.
“Não estamos pedindo aumento salarial, estamos reivindicando a reposição de uma perda que há mais de dois anos não temos nenhum tipo de reajuste e mais do que isso o metrô deve algumas questões que já eram para ter sido pagas no ano passado”, afirma Wagner Fajardo, coordenador geral do Sindicato dos Metroviários.
Alexandre Baldy, secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, afirmou que no ano de 2021, o governo do estado disponibilizou cerca de R$ 300 milhões em recursos para oferecer um reajuste de 2,6% aos metroviários, com todos os benefícios mantidos.
Fonte: G1