Assembleia dos metroviários termina sem definição de nova greve contra projetos de privatização
A assembleia do sindicato dos metroviários, realizada na noite de segunda-feira, 23 de outubro, levantou dúvidas sobre a possível greve do metrô em São Paulo. Os membros do sindicato debateram intensamente sobre a realização de uma nova paralisação em protesto contra os projetos de privatização propostos pelo governo de Tarcísio de Freitas.
Greve Maior Planejada
Durante a reunião, vários membros da categoria expressaram o desejo de realizar uma nova paralisação em duas datas possíveis: quinta-feira, 26 de outubro, ou no dia 7 de novembro. No entanto, a presidente do sindicato, Camila Ribeiro Duarte Lisboa, argumentou que o objetivo principal é realizar uma greve de maior magnitude e mais unificada em comparação com a greve do dia 3 de outubro. A ideia é atrair não apenas os metroviários, mas também professores e outras categorias. Por esse motivo, ela afirmou que não seria “adequado para a luta” definir uma data no momento.
Estado de Greve Anterior
Na semana anterior, os metroviários já haviam aprovado um estado de greve em resposta às advertências aplicadas pela administração do Metrô e às privatizações discutidas pelo governo Tarcísio de Freitas. Esse estado de greve dá à categoria a prerrogativa de convocar uma paralisação a qualquer momento.
Possibilidade de Greve na Terça-feira, 24 de Outubro
Inicialmente, havia especulações sobre uma possível greve na terça-feira, 24 de outubro. No entanto, durante a assembleia, o Sindicato dos Metroviários não chegou a um consenso sobre uma nova paralisação a ser realizada nessa semana.
Motivos da Possível Greve
Desde junho, os metroviários, ferroviários e trabalhadores da Sabesp têm exigido do governo a interrupção imediata dos processos de privatização, o cancelamento dos pregões de terceirização do Metrô e a realização de um plebiscito para que a população decida sobre a entrega das empresas estatais à iniciativa privada. Eles argumentam que a concessão de linhas de transporte e da rede de água e esgoto resultará em uma piora na qualidade dos serviços. Citam como exemplo o aumento das falhas nas linhas 8 e 9 da CPTM após a concessão à ViaMobilidade.
Impacto da Greve Anterior
A greve do dia 3 de outubro teve um impacto significativo na capital paulista. Registrou-se mais de 600 km de lentidão no trânsito, levando ao cancelamento do rodízio de veículos e à declaração de ponto facultativo por parte das administrações estadual e municipal. Apenas as creches, escolas municipais e postos de saúde permaneceram em funcionamento, enquanto as escolas da rede estadual ficaram fechadas. As linhas do Metrô não operaram durante todo o dia, e a CPTM teve linhas com operação parcial ou completamente fechadas.
Linhas de Metrô Afetadas pela Greve
Em meio à incerteza sobre a próxima greve do metrô em São Paulo, é importante lembrar que, durante a greve do dia 3 de outubro, várias linhas de metrô foram impactadas. Estas incluíram as Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 4-Amarela, 5-Lilás, 7-Rubi e 15-Prata. É crucial que os passageiros estejam atentos aos desenvolvimentos, uma vez que futuras paralisações podem afetar o funcionamento dessas linhas.
Problemas na Linha 9-Esmeralda
Além disso, durante o período de greve, a linha 9-Esmeralda enfrentou uma falha elétrica que resultou na paralisação dos trechos entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré.
A incerteza sobre a próxima greve do metrô em São Paulo persiste, já que a assembleia não chegou a um veredito definitivo. Os metroviários continuam a buscar formas de se manifestar contra as privatizações e advertências, enquanto a cidade se mantém atenta aos desdobramentos dessa situação.