Adolescente de 17 anos, companheira do atirador, ficou gravemente ferida e foi hospitalizada. Segundo relatos de testemunhas, ele abriu fogo porque jovem se recusou a mostrar o celular.
Duas mulheres foram mortas a tiros e uma jovem, de 17 anos, foi ferida e hospitalizada em estado grave, na noite desta segunda-feira (7), no bairro Lomba do Pinheiro, Zona Leste de Porto Alegre. Conforme a Polícia Civil, o atirador se matou após o crime.
A polícia investiga o caso como duplo feminicídio e tentativa de feminicídio, seguida de suicídio. A jovem ferida é companheira do atirador, conforme a investigação. A mãe, de 32 anos, e a tia dela, de 16, foram mortas com tiros na cabeça.
Testemunhas relatam que o atirador, de 21 anos, chegou a residência, aparentando estar drogado, e tentou acessar o celular da companheira. Após isso, eles começaram a brigar e o homem abriu fogo contra as pessoas que estavam no local.
Uma das testemunhas que presenciou o crime conseguiu se esconder, junto com uma criança de 11 anos, que estava na residência. Ambos não sofreram ferimentos.
Segundo a delegada do caso, Jeiselaure de Souza, eles estavam juntos há três meses e não havia registro de violência.
O homem, cuja idade não foi confirmada, tem histórico de participação no tráfico de drogas e já havia sido preso.
“O casal até o dia de hoje não tinha tido nenhuma briga e a relação era bem recente, cerca de três meses. Agora precisamos aprofundar as investigações”, afirma a delegada.
“São os casos que a gente não consegue alcançar porque não temos conhecimento. É mais um dos casos que não havia registro de violência doméstica, então fica complicado fazermos o trabalho de prevenção, porque as vítimas só viram estatística infelizmente quando morrem”, reflete a delegada.
Segundo ela, o feminicídio é o único crime que não é subnotificado, uma vez que quando uma mulher morre por violência de gênero a polícia toma conhecimento no momento em que o crime já aconteceu.
Por isso, a delegada alerta para a importância da prevenção. “Que as vítimas, no primeiro sinal de relacionamento possessivo de ciúme excessivo, procurem a delegacia para se informar”, afirma.
Fonte: G1