Jovem de 22 anos foi violentado por três homens com objetos cortantes e teve frases homofóbicas tatuadas em seu corpo; ele está internado em estado grave e o episódio em investigação sigilosa
Um homossexual, de 22 anos, teria sido estuprado e torturado por três homens em Florianópolis, Santa Catarina, na última segunda-feira (31). O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e é mantido em sigilo, mas ganhou repercussão nas redes sociais na sexta-feira (5) por meio de uma denúncia publicada pelo Instagram Orgulho LGBTQIA+.
De acordo com a publicação, o jovem teve objetos inseridos em seu anûs, frases homofóbicas tatuadas em seu corpo e foi agredido. Após a violência, teria sido abandonado na rua.
Inicialmente o caso foi atendido pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Florianópolis, depois foi encaminhado a investigação à 5ª Delegacia de Polícia da Capital.
Segundo o site O Município, Blumenau, que noticiou o caso ontem (4 de junho), as suspeitas são de que a violência tenha sido motivada por homofobia.
O jovem está internado no hospital em estado grave desde o dia da ocorrência. Segundo o NSC Total, o caso é acompanhado também pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina, por meio das Comissões de Direito Homoafetivo e Gênero e do Direito da Vítima.
A presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB Santa Catarina, Margareth Hernandes, se pronunciou sobre o caso em perfil no Instagram: “Mais um dia de violência no país que mais mata homo e transexuais no mundo. Essa violência que cresce assustadoramente com o incentivo de algumas igrejas, do presidente da República, de alguns prefeitos, governadores e parlamentares. Discursos de ódio são aplaudidos e por conta desses aplausos pessoas morrem de forma cruel, porque seus algozes se encontram legitimados por um governo genocida e homofóbico. Até quando? Minha solidariedade aos familiares e especialmente à mãe da vítima! Na torcida para que ele se salve e se recupere o mais rápido possível”.
Marie Claire entrou em contato com a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Florianópolis, a 5ª Delegacia de Polícia da Capital e a OAB de Santa Catarina e ainda aguarda retorno. Assim que as respostas chegarem este texto será atualizado.
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Fonte: QUEM