Jovens de comunidades do Rio fazem ato contra o aquecimento global

Dezenas de jovens de comunidades pobres da cidade do Rio de Janeiro e de municípios do entorno da capital e estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fizeram neste sábado (11) um ato contra o aquecimento global. O encontro ocorreu na Praça Mauá, na zona portuária da cidade, e nem o frio e a chuva fina desmotivaram a manifestação.

O evento faz parte da programação da Semana do Meio Ambiente e é o resultado do curso: A Chapa Esquentou, cria! Reação dos Territórios a Emergência Climática.

Os participantes exibiam cartazes e faixas com frases em defesa do meio ambiente e divulgaram uma carta com reivindicações de ações emergenciais nas comunidades para evitar enchentes. Eles pediam saneamento, drenagem e coleta de lixo.

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A coordenadora do Fórum de Cultura e Ciência da UFRJ, Tatiana Roque, disse que o ato foi organizado por jovens de comunidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; Maré e Rio das Pedras, na capital fluminense; e Morro do Cavalão, em Niterói. Todos participaram do curso sobre emergência climática, oferecido pelo fórum.

“Os próprios alunos propuseram esse ato, porque eles disseram que não é possível, depois de tudo que eles aprenderam no curso, ficar de braços cruzados em relação a uma questão tão urgente, que afeta os territórios onde eles vivem de maneira tão grave”, explicou a coordenadora do fórum.

Tatiana disse ainda que, durante o curso, várias aulas tiveram de ser adiadas, “devido a enchentes nos locais onde essas pessoas moram e são afetadas pelas chuvas”.

Na avaliação da coordenadora, o ato reforça a necessidade de uma ação urgente da sociedade para impedir que as mudanças climáticas provoquem ainda mais estragos na vida das pessoas, sobretudo as mais pobres e periféricas, e para reafirmar o protagonismo da juventude nessa temática e promover um grande encontro entre grupos favelados/periféricos, intelectuais e ativistas climáticos.

O programa teve objetivo de capacitar jovens universitários e a juventude de diversos territórios periféricos para atuar como líderes em temas relacionados à emergência climática. Foram quatro módulos entre abril e maio, com aulas na UFRJ e nos territórios, com professores da universidade e ativistas como facilitadores do curso.

*Colaborou Cristiane Ribeiro, repórter do Radiojornalismo