Médico de Dourados também teria envolvimento no tráfico de drogas da fronteira, aponta investigação

Revelações sobre o crime que vitimou Gabriel Paschoal Rossi desvendam conexões surpreendentes

No centro das investigações conduzidas pela Polícia Civil de Dourados, um crime que culminou na morte do jovem médico de 29 anos, Gabriel Paschoal Rossi, revela ramificações inesperadas. Além das sombrias circunstâncias que envolvem sua morte, suspeitas de um possível envolvimento de Rossi no esquema de tráfico de drogas emergem como peças intrigantes do quebra-cabeça.

Gabriel foi encontrado morto em uma residência – Crédito: Osvaldo Duarte/Dourados News/Reprodução/Redes Sociais

À medida que os detalhes da trama criminosa são desvendados, uma figura-chave surge no cenário: Bruna Nathália de Paiva, apontada como a mandante e mentora das atividades fraudulentas e de estelionato. Entretanto, seu papel vai além, estendendo-se até o planejamento do assassinato de Rossi, para o qual contou com a colaboração de três cúmplices: Gustavo Kenedi Teixeira, Keven Rangel Barbosa e Guilherme Augusto Santana.

No decorrer da coletiva de imprensa, as revelações provocaram uma reviravolta nas investigações. Surgiu a possibilidade de que Gabriel Rossi, em meio às suas conexões com a mandante do crime, também teria desempenhado um papel no tráfico de drogas. A teia criminosa aparentemente se estende por múltiplas dimensões, conectando atividades ilícitas aparentemente distintas.

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A narrativa ganha contornos mais complexos quando os eventos que antecederam a fatídica morte de Rossi são trazidos à tona. Em um ato que serve como ponto de partida para conjecturas, ele teria sido atraído para a região fronteiriça, sob o pretexto de intermediar a compra de substâncias entorpecentes para uma amiga próxima de Bruna Nathália de Paiva. Esse episódio inicial lança luz sobre uma faceta anteriormente oculta de Rossi, sugerindo uma possível conexão com os circuitos do tráfico de drogas.

O delegado Erasmo Cubas, responsável pela investigação, esclarece o enigma: “A visita de Gabriel à residência estava relacionada ao aconselhamento que ele ofereceria a um amigo de Bruna, detalhando as etapas da aquisição de entorpecentes na fronteira. No entanto, o que se seguiu foi o inesperado encontro com os suspeitos Gustavo Kenedi Teixeira, Keven Rangel Barbosa e Guilherme Augusto Santana, apontados como executores do homicídio. Esses eventos lançam uma nova luz sobre o suposto envolvimento de Gabriel com atividades de tráfico de drogas.”

O desaparecimento de Gabriel Paschoal Rossi, em 26 de julho, marca um ponto crucial nessa trama sombria. O dia em que foi alegadamente “raptado” deu início a uma sequência de eventos trágicos, nos quais ele foi submetido a tortura pelos criminosos a mando de Bruna Nathália de Paiva. A magnitude dos investimentos feitos por ela, totalizando R$ 150 mil, em direção à consumação do assassinato, lança um olhar inquietante sobre as motivações por trás desse crime hediondo.

O que emerge das profundezas dessa investigação são interligações complexas entre diferentes formas de crimes, enredando indivíduos de origens aparentemente díspares. À medida que os véus são retirados e as verdades obscuras vêm à tona, a trama se revela como uma tapeçaria intricada, onde cada fio conduz a revelações inesperadas e teias criminosas interligadas. A morte de Gabriel Paschoal Rossi se torna mais do que um assassinato isolado, evoluindo para um quebra-cabeça complexo que conecta os mundos obscuros do tráfico de drogas e do crime organizado.