O Ministério do Turismo lançou hoje (8) uma radiografia do turismo náutico no Brasil. Segundo o levantamento, o país possui 80 destinos associados a passeios e atividades que envolvem embarcações, sejam no mar ou em água doce.
O país possui 8,5 mil quilômetros de costa, 35 mil quilômetros de vias navegáveis e 9.620 quilômetros de margens de lagos, lagoas e reservatórios, dispostos em uma rede fluvial composta por 12 bacias hidrográficas.
Entre os tipos de turismo náutico estão as embarcações de pequeno porte (como caiaque e canoa), médio porte (veleiros, escunas e lanchas) e de grande porte (cruzeiros de cabotagem, de longo curso e internacional).
Também há serviços e experiências relacionadas ao mar e à água doce, como surf e variantes (wind e kitesurf), pesca esportiva, mergulho, observação de animais, banho e visitação a pontos turísticos.
O turismo náutico tem como principais estados São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Dos turistas recebidos, 46,2% vêm da América do Sul, 38,5% da Europa e 7,7% da América do Norte. O público é formado sobretudo por famílias (84,6%)
Na temporada 2019/2020, oito navios fizeram roteiros no litoral brasileiro, uma além do registrado na temporada anterior. Conforme o levantamento, 469.577 pessoas participaram deste tipo de viagem, com movimentação de R$ 2,241 bilhões.
Contudo, com a chegada da pandemia ao país o setor sofreu as consequências das restrições. Os operadores teriam deixado de faturar cerca de R$ 860 milhões em função dos cancelamentos. Os principais portos com saída e passagem de cruzeiros marítimos são os de Imbituba (SC), Santos (SP), Salvador (BA), Maceió (AL) e Fortaleza (CE).
Pandemia
Neste momento de retomada da economia, depois do fechamento de vários setores devido à pandemia covid-19, o levantamento do Ministério apontou algumas tendências, entre elas: aluguel de embarcações para uso em família, locação de embarcações por aplicativos e plataformas e compartilhamento de embarcações por cota de uso, como de lanchas e jet skis.
Durante o evento online de lançamento do levantamento, o ministro do Turismo Gilson Machado destacou que o turismo náutico tem um grande potencial de crescimento pelas condições existentes no Brasil e que pode auxiliar a recuperação do setor como um todo neste cenário de retomada.
“O turismo náutico sempre foi nosso ponto focal devido ao tamanho que ocupa e ao que pode se transformar. Temos o maior potencial do mundo em tudo o que for náutico e não temos riscos como maremoto e terremoto. Precisamos otimizar o turismo náutico, fazendo com que ele saia do patamar estacionado em que se encontra e se transforme num segmento importante da economia do Brasil”, defendeu.