Em decisão, juíza Maria Isabel Pena Pieranti que afirmou a liberdade do rapaz comprometeria a ordem pública, pois ele poderia cometer crimes de “idêntica natureza”, já que foi parado pela Lei Seca três dias antes do acidente e blitz não teve “efeito didático”
O modelo Bruno Fernandes Moreira Krupp, de 25 anos, foi preso preventivamente pelo atropelamento que matou o estudante João Gabriel Cardim Guimarães, na manhã desta quarta-feira, dia 3. O rapaz foi surpreendido por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca), em um hospital particular onde está internado no Méier, na Zona Norte do Rio. Na decisão que decretou a medida, a juíza Maria Isabel Pena Pieranti, do plantão judicial do Tribunal de Justiça do Rio, afirma que o ele “não é um novato nas sendas do crime” e que sua liberdade “comprometeria a ordem pública, sendo a sua constrição imprescindível para evitar o cometimento de crimes de idêntica natureza, podendo-se dizer que a medida visa também resguardar a sociedade de condutas que ele possa vir a praticar”. O despacho ainda menciona que o modelo já foi parado por agentes da Lei Seca três dias antes do acidente, mas a blitz acabou por não ter o efeito didático.
No pedido de prisão, o delegado Aloysio Berardo Falcão de Paula Lopes, adjunto da 16ª DP (Barra da Tijuca), afirma que o Relatório de Vida Pregressa do modelo demonstra outras passagens policiais por estupro e estelionato, “razão pela qual se faz necessária sua segregação cautelar, por meio de expedição de mando de prisão preventiva, visando garantir a ordem”. Bruno era investigado por lesão corporal culposa provocada por atropelamento e falta de habilitação e proibição de dirigir veículo automotor, mas o registro da 16ª DP (Barra da Tijuca) foi aditado para homicídio doloso, uma vez que a vítima morreu após dar entrada no Hospital Municipal Lourenço Jorge.
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Fonte: O Globo