Região da Ilha dos Marinheiros tem dezenas de casas alagadas
Ian Tâmbara / Agencia RBS
O aumento contínuo do nível do Guaíba nesta quinta-feira (7) é resultado da significativa concentração de água que escoou das bacias dos rios Jacuí e Taquari. De acordo com as leituras do medidor automático do Cais Mauá, no período da tarde, o nível já se encontrava em 2,36 metros.
Cota de alerta ainda não atingida, mas residências já sofrem com alagamentos
Para que o Guaíba alcance a cota de alerta, é necessário atingir pelo menos 3 metros, contudo, apesar de estar aquém dessa marca, numerosas residências já estão sob as águas invasoras, e a situação se agrava com a progressão da água pelos pátios e vias do bairro Arquipélago, localizado em Porto Alegre.
Rua João Inácio da Silveira na Ilha dos Marinheiros enfrenta inundações
A Rua João Inácio da Silveira, uma das principais vias na Ilha dos Marinheiros, agora exibe dezenas de casas com pátios submersos e a água alcançando a altura da canela. Esse trecho da ilha é circundado pelo rio Jacuí, e os moradores observaram com apreensão o rápido aumento do nível nas últimas horas.
Moradores surpreendidos com a velocidade da inundação
Luana Silva, 42 anos, educadora social, compartilha o terreno de sua casa com a residência de sua mãe e relata sua surpresa diante do avanço das águas.
“Foi uma elevação bem rápida e tivemos que sair correndo para subir os móveis e não correr o risco de perdê-los. Eu trabalho na outra parte da ilha, e quando percebemos que o rio estava com muita correnteza, eu só disse ‘Olha, eu tenho que ir embora porque tenho que ajudar minha mãe'”, conta Luana.
Abrigos emergenciais oferecem refúgio na Ilha Grande dos Marinheiros
Na Ilha Grande dos Marinheiros, alojamentos foram providenciados nas salas de aula da Escola Estadual Alvarenga Peixoto, totalizando 50 lugares equipados com colchões e mantimentos.
Preocupações também na Ilha da Pintada
Na Ilha da Pintada, o nível do rio alcançou 2 metros à tarde, aproximando-se perigosamente da marca de 2,20 metros, que representa risco iminente de inundação.
Ação coordenada das equipes de resgate
Até o final da manhã, não havia famílias nos abrigos, mas a Defesa Civil continua realizando patrulhas na região com o objetivo de evacuar pessoas de áreas alagadas ou de alto risco, caso seja necessário. Além das equipes da Defesa Civil, a Brigada Militar, a Guarda Municipal e a Fundação de Assistência Social e Cidadania estão presentes nas ilhas, garantindo uma resposta coordenada às emergências.
Impactos no tráfego rodoviário
Devido ao acúmulo de água nas pistas laterais, houve a necessidade de bloquear um dos retornos da BR-290, impactando o tráfego rodoviário na região. Medidas adicionais poderão ser tomadas conforme a evolução da situação e a segurança dos motoristas.