Número de Mortos pelas Chuvas no Rio Grande do Sul Sobem para 39; 23.598 estão desalojadas

Situação de Emergência: Chuvas intensas provocam tragédia no estado, com dezenas de mortos e milhares de desabrigados

Nesta sexta-feira (3), a prefeitura de Porto Alegre mandou esvaziar o centro da capital do Rio Grande do Sul após uma das comportas do Cais Mauá romper, agravando a situação já crítica decorrente das fortes chuvas que têm castigado o estado nos últimos dias.

O número de mortos pelas intensas precipitações que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 39, conforme confirmado pelo governador do estado, Eduardo Leite, durante entrevista coletiva. O quadro de tragédia é agravado pela quantidade de desaparecidos, que chega a 69, lançando uma sombra de incerteza sobre as famílias afetadas.

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As chuvas intensas não poupam nenhum recanto do estado, afetando pelo menos 235 cidades gaúchas. Os dados impressionantes revelam que aproximadamente 7.949 pessoas estão em abrigos, enquanto outras 23.598 estão desalojadas. No total, mais de 351 mil gaúchos foram diretamente impactados pelas enchentes, um número alarmante que evidencia a magnitude do desastre.

Eduardo Leite destacou que este é o “maior desastre natural” já registrado na região, superando até mesmo a tragédia do Vale do Taquari no ano anterior, quando mais de 50 pessoas perderam suas vidas. Essa constatação ressalta a gravidade da situação e a necessidade urgente de medidas eficazes para mitigar os impactos e prevenir novas ocorrências no futuro.

Os temporais que castigam o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29) têm causado estragos crescentes, revelando a vulnerabilidade do estado a ciclos cada vez mais recorrentes de intempéries climáticas. A situação se agrava com o rompimento de estruturas importantes, como as comportas do Cais Mauá em Porto Alegre, que resultou na evacuação do centro da cidade e em mais danos materiais e humanos.

A prefeitura de Porto Alegre, em conjunto com o sindicato de lojas e a Câmara de Dirigentes Lojistas, tomou a decisão de fechar o comércio no Centro Histórico e no 4º Distrito, interrompendo a circulação de pessoas nessas áreas já afetadas pela cheia do Guaíba. Essa medida visa garantir a segurança da população diante das condições adversas e evitar novos incidentes.

Diante da gravidade da situação, o governo federal mobilizou recursos e equipes para prestar assistência à população gaúcha afetada pelos temporais. O Ministério da Saúde confirmou o envio de 60 profissionais do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Grupo Hospitalar Conceição, além de equipes da Força Nacional do SUS, para reforçar o atendimento e auxiliar na redução de riscos à saúde pública.

Além disso, foram enviados 20 kits emergenciais contendo medicamentos e insumos básicos para atender até 30 mil pessoas por um período de 30 dias. A instalação de um Centro de Operações de Emergência no estado visa coordenar as ações de resposta e recuperação, visando minimizar os impactos da tragédia e garantir a assistência necessária às comunidades afetadas.

O esforço conjunto das autoridades locais, estaduais e federais é fundamental para enfrentar os desafios impostos por essa situação de emergência, demonstrando a importância da solidariedade e da cooperação em momentos de crise. A mobilização de recursos e ações efetivas são essenciais para reconstruir as áreas atingidas e oferecer suporte às vítimas, num esforço conjunto para superar essa adversidade e promover a recuperação do Rio Grande do Sul.