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Presidente do Equador declara ‘conflito armado interno’ e põe Exército contra facções criminosas após onda de violência; país tem toque de recolher

Daniel Noboa toma medidas drásticas para conter a escalada de violência no Equador, declarando estado de exceção e autorizando intervenção militar contra facções criminosas.

Soldados patrulham entorno de presídio em Quito após governo decretar “estado de conflito interno” para combater facções criminosas — Foto: Dolores Ochoa/AP

Presidente equatoriano, Daniel Noboa, declara “conflito armado interno” e mobiliza Forças Armadas contra facções criminosas após onda de violência. Medidas incluem identificação de organizações terroristas, intervenção militar e toque de recolher. Crise teve início com a fuga de líder criminoso e persiste com sequestros, ataques a instituições e invasão a emissora de TV. Noboa, o mais jovem presidente equatoriano aos 36 anos, enfrenta desafios na busca pela retomada do controle oficial dos presídios e enfrenta resistência a projetos prisionais. A situação exige medidas enérgicas na guerra às drogas, com a fronteira com o Peru sendo reforçada para garantir estabilidade.

Em resposta à crescente onda de violência no Equador, o presidente Daniel Noboa anunciou nesta terça-feira (9) a declaração de um “conflito armado interno” no país. A medida extrema permite a intervenção do Exército e da Polícia Nacional para conter facções criminosas. Além disso, o decreto identifica 22 organizações como terroristas e insta as Forças Armadas a realizar operações militares respeitando os direitos humanos.



Presidente do Equador, Daniel Noboa, reunido com o Conselho de Segurança Pública e de Estado, em 9 de janeiro de 2024 — Foto: Reprodução/X

A crise de segurança no Equador começou com a fuga de um criminoso conhecido como Fito, chefe do grupo Los Choneros. O presidente já havia decretado estado de exceção na segunda-feira, estabelecendo um toque de recolher entre 23h e 5h. No entanto, a violência persiste, com sequestros de policiais, explosões e ataques a instituições.

O presidente Noboa, o mais jovem da história equatoriana aos 36 anos, prometeu uma abordagem firme contra grupos de traficantes ligados a cartéis colombianos e mexicanos. Ele assumiu o cargo em outubro e enfrenta uma situação crítica com a escalada da violência.

Em meio à crise, homens armados invadiram os estúdios da TC Televisión em Guayaquil, mantendo reféns e afirmando possuir bombas. A polícia agiu prontamente, prendendo os responsáveis pelo ato. A situação levou à militarização de instalações estratégicas e à suspensão das aulas em todo o país.

O estado de exceção vigorará por 60 dias, incluindo penitenciárias, com toque de recolher das 23h às 5h. O presidente reforçou a determinação em devolver a paz aos equatorianos, considerando o ataque às prisões como uma retaliação por seus esforços para retomar o controle dos presídios.

Noboa enfrenta desafios adicionais, como a resistência de indígenas da Amazônia ao projeto de construção de dois presídios de segurança máxima. Enquanto o país se torna um campo de batalha na guerra às drogas, a situação exige medidas enérgicas para enfrentar os desafios à segurança pública. A fronteira com o Peru também será reforçada para garantir a estabilidade na região.

 

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