Pé de Meia: Alunos de Baixa Renda Receberão R$ 2 Mil Anuais, além de Bônus, Anuncia Ministro da Educação

Incentivo financeiro busca reduzir a evasão escolar. Quem fizer o Enem no fim do 3º ano receberá um complemento de R$ 200.

Lula e o ministro Camilo Santana (à direita do presidente) apresentam políticas na área de educação — Foto: Luiza Tenente/g1

Brasília, 26 de Fevereiro de 2024 – O Ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou hoje o lançamento do Programa Pé de Meia, uma iniciativa destinada a fornecer um auxílio financeiro a alunos de baixa renda do ensino médio público, com o objetivo de reduzir a evasão escolar no país.

Depósitos e Bônus: Quando e Quanto?

O Programa Pé de Meia contemplará os estudantes com um benefício de R$ 2 mil por ano, divididos em uma parcela única de R$ 200 na matrícula, seguida por nove parcelas mensais de igual valor. Até o momento, o governo federal não definiu uma data precisa para o início dos depósitos na “poupança”, mas o Ministro Santana expressou o compromisso de realizar o primeiro pagamento até o final de março. Além das parcelas regulares, o programa oferecerá um bônus, correspondente a pelo menos um terço do total pago ao aluno, para aqueles que não forem reprovados a cada ano do ensino médio, e também para os que realizarem o Enem ao final do 3º ano.

Pré-requisitos e Objetivos do Programa

Os critérios de elegibilidade do Pé de Meia incluem a necessidade de os estudantes serem de baixa renda, possuírem CPF, estarem cadastrados no CadÚnico, terem realizado a matrícula no início do ano letivo, alcançarem frequência escolar superior a 80% das horas letivas e participarem do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A iniciativa foi concebida com o propósito de reduzir a evasão escolar, oferecendo incentivos financeiros aos jovens de escolas públicas, especialmente os mais vulneráveis, contribuindo, assim, para a diminuição da desigualdade no acesso à universidade e ao mercado de trabalho formal.

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Expectativas e Abrangência do Programa

Segundo o Ministério da Educação (MEC), a expectativa é atender cerca de dois milhões e meio de estudantes já em 2024. O ministro Camilo Santana afirmou que a intenção é realizar o primeiro pagamento até março deste ano, contribuindo assim para o incentivo à educação.

Pé de Meia para Alunos da EJA e Compatibilidade com Outros Benefícios Sociais

O Programa Pé de Meia não apenas inclui estudantes do ensino médio regular, mas também alunos da Educação para Jovens e Adultos (EJA), entre 19 e 24 anos, mediante a realização do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Importante ressaltar que o benefício não será considerado no cálculo de renda familiar per capita, não impactando a elegibilidade de famílias para o Bolsa Família.

Movimentação Financeira ao Longo do Ensino Médio

Os depósitos do Programa Pé de Meia serão realizados mensalmente ao longo do ano letivo, permitindo aos alunos sacar, investir ou manter os valores na poupança a qualquer momento. Contudo, os bônus referentes à aprovação no ano letivo e à participação no Enem serão transferidos ao final do ensino médio, conforme as regras estabelecidas pelo programa.

Outras Iniciativas Educacionais em Destaque

Além do Pé de Meia, o Ministro Camilo Santana anunciou outras iniciativas educacionais, incluindo bolsas de assistência estudantil para indígenas e quilombolas em universidades federais, mudanças discutidas no Fies para resolver problemas de endividamento, e metas ambiciosas, como conectar todas as escolas públicas à internet até 2026 e criar 3,2 milhões de novas vagas em escolas de tempo integral.

Com essas medidas, o governo busca fortalecer o sistema educacional e proporcionar oportunidades igualitárias, atendendo às necessidades dos estudantes e contribuindo para o desenvolvimento educacional do país.

Resumo em Lista do Programa Pé de Meia:

  1. Auxílio de R$ 2 mil anuais para alunos de baixa renda do ensino médio público.
  2. Parcela única de R$ 200 na matrícula + 9 parcelas mensais de R$ 200.
  3. Bônus para quem não for reprovado a cada ano e prestar o Enem no fim do 3º ano.
  4. Depósitos mensais com início ainda não definido.
  5. Expectativa de atender cerca de dois milhões e meio de estudantes em 2024.
  6. Inclusão de alunos da Educação para Jovens e Adultos (EJA), entre 19 e 24 anos.
  7. Não impacto no cálculo de renda familiar per capita para elegibilidade ao Bolsa Família.
  8. Movimentação financeira permitida ao longo do ano letivo, incluindo saques, investimentos e poupança.
  9. Transferência dos bônus apenas ao final do ensino médio.