Polícia Federal prende Lauremília Lucena, primeira-dama de João Pessoa

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Mandado de prisão faz parte da 3ª fase da Operação Território Livre

A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (28) a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela Justiça Eleitoral. Lauremília é investigada por suposto envolvimento em organização criminosa e aliciamento de eleitores durante as eleições municipais. Ela é casada com o atual prefeito da capital paraibana, Cícero Lucena, que busca a reeleição no pleito de 2024.

A ação faz parte da 3ª fase da Operação Território Livre, realizada pela Polícia Federal com o apoio do GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado). Além da prisão da primeira-dama, outros mandados de busca estão sendo cumpridos em alvos relacionados à investigação. Até o momento, a defesa de Lauremília não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.

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Operação Território Livre avança com novos alvos

Nesta fase da Operação Território Livre, além da prisão de Lauremília Lucena, outras pessoas ligadas ao esquema também foram alvo de mandados de busca e apreensão. As investigações apontam que a primeira-dama estaria envolvida na troca de favores políticos com grupos que dominam comunidades em João Pessoa. Em troca de apoio eleitoral, essas organizações teriam recebido facilidades na indicação de cargos públicos na prefeitura.

Documentos da Polícia Federal já mencionavam o nome de Lauremília em transcrições de conversas obtidas durante a operação. Nessas transcrições, pessoas investigadas afirmavam que ela tinha influência direta na indicação de cargos públicos estratégicos, o que teria facilitado o acesso a regiões controladas por grupos criminosos.

A operação também investiga a atuação de outros envolvidos no esquema, que teriam sido responsáveis por intermediar a relação entre o poder público e essas organizações.

Lauremília Lucena, primeira-dama de João Pessoa — Foto: Instagram/Reprodução

Nota oficial do prefeito Cícero Lucena

Em resposta à prisão de sua esposa, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, se manifestou nas redes sociais, classificando a operação como um ataque político. Segundo ele, a prisão de Lauremília é parte de uma estratégia arquitetada por seus adversários políticos para prejudicar sua campanha de reeleição.

“Lauremília tem uma vida limpa, é uma benfeitora da nossa cidade e de todo o Estado. Ela vai provar sua inocência e mostrar que foi vítima de uma grande injustiça, assim como já aconteceu comigo no passado”, declarou o prefeito em nota oficial.

Cícero também reafirmou seu compromisso com a justiça e disse que vai continuar lutando pela cidade de João Pessoa, independentemente das tentativas de desestabilização de sua gestão.

Histórico de investigações contra a família Lucena

Esta não é a primeira vez que a família Lucena é alvo de investigações. A filha de Lauremília, Janine Lucena, também foi citada em outra operação recente da Polícia Federal, a Operação Mandare, que investigava supostos esquemas de corrupção envolvendo a gestão municipal.

Essas acusações têm colocado o nome da família Lucena no centro das investigações relacionadas à troca de favores entre o poder público e grupos criminosos. As investigações atuais continuam em andamento, e novos desdobramentos são esperados nos próximos dias.

Mandado de prisão foi cumprido neste sábado (28) no apartamento de Lauremília Lucena, em Intermares, na cidade de Cabedelo — Foto: Zuíla David/TV Cabo Branco

Reeleição de Cícero Lucena em risco?

Com a prisão de Lauremília Lucena e as acusações em torno de sua gestão, a campanha de Cícero Lucena para a reeleição pode enfrentar graves desafios. Recentemente, o prefeito já havia negado qualquer envolvimento com organizações criminosas e afirmou que sua gestão sempre atuou de forma transparente e em benefício da população.

As investigações e a operação da Polícia Federal devem ganhar ainda mais destaque nas próximas semanas, tornando o cenário político em João Pessoa ainda mais acirrado. A expectativa é que o andamento das investigações tenha impacto direto no resultado das eleições de 2024.

 

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