O prédio centenário do Moinho Fluminense, no Rio de Janeiro, será reformado para criação de um espaço multiuso. A antiga fábrica, que ocupa quatro quadras, vai abrigar escritórios, restaurantes, comércio e atrativos culturais, como exposições, shows e eventos.
Fundado em 1887 na Gamboa, bairro da zona portuária da cidade, o moinho funcionou por 130 anos. Foi a primeira fábrica de moagem industrial do Brasil. Sua operação foi autorizada pela Princesa Isabel.
“Durante muito tempo, o Rio foi capital do país, O Moinho, por exemplo, chegou a receber por um tempo todo o trigo consumido pelos brasileiros. Revitalizar estes imóveis nos ajuda a contar a história da cidade e do país e é parte essencial de processos de revitalização como o Porto Maravilha”, informa a assessoria da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar).
De acordo CCPar, toda a fachada do complexo será preservada e revitalizada. A primeira etapa do projeto, que contempla as obras das fachadas e dos prédios históricos, deve começar até o final do ano.
O prazo para conclusão desta etapa é 2024. Posteriormente, novas edificações serão construídas em dois terrenos anexos, que fazem parte do complexo.
Mesmo antes da restauração, o Moinho já vem recebendo atividades culturais. Em novembro do ano passado, parte de seu espaço foi cedido para montagem de exposição posteriormente exibida no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM). Foi ocupado, também, pela Junta Local, feira de alimentos de produtores locais.
O imóvel foi adquirido em 2019 pelo Grupo Autonomy Investimentos. Para o projeto de revitalização foram contratados dois escritórios de arquitetura, um dos Estados Unidos e outro do Rio de Janeiro, que trabalharão em parceria.
*Estagiária sob supervisão de Vitor Abdala