O novo presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, o gestor cultural Alexandre Santini, tomou posse nesta sexta-feira (24) na sede da instituição, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. Além de Santini, a solenidade anunciou a nova diretoria da Casa e a reconstituição do Comitê Interno de Governança, órgão colegiado com instância de coordenação, participação e assessoramento da gestão da fundação, desmontado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Fundação Casa Rui Barbosa foi a primeira casa-museu do Brasil. O arquivo Rui Barbosa é constituído de cerca de 60 mil documentos do jurista e político.
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O evento contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que anunciou um orçamento de R$ 12 milhões em 2023, o dobro dos últimos anos, para a Fundação Casa de Rui Barbosa.
“A Fundação Casa de Rui Barbosa é uma das instituições mais importantes do país e esteve no centro da destruição que o governo Bolsonaro empreendeu contra as políticas culturais. Sua reconstrução será de máxima importância para o Ministério da Cultura”, disse a ministra, que pediu que a fundação abra cada vez mais espaço para os projetos de intelectuais negros, negras e indígenas.
O presidente do espaço, Alexandre Santini, afirmou que a instituição volta a ser uma casa da memória, pesquisa, saber, cultura e do povo brasileiro. “O diálogo, a cultura e a civilização voltaram”, disse.
“A Casa de Rui Barbosa foi duramente atingida pelo autoritarismo e pela guerra cultural dos últimos anos”, disse Santini, que destacou que sua gestão será pautada pelo intenso diálogo com os servidores.
Ele ressaltou que uma das suas prioridades será a retomada das obras de construção do prédio anexo, que abrigará o Centro Rui Barbosa de Preservação de Bens Culturais, com obras da literatura brasileira, além de documentos. “A área de pesquisa também será fortalecida com a parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ampliando recursos, oferta de bolsas, projetos de pesquisa”.