O nível do Rio Acre alcançou 15,07 metros nesta segunda-feira (15), mais de um metro acima do nível de transbordamento, de 14 metros. De acordo com a Defesa Civil de Rio Branco, as cheias já atingem dez bairros da capital e, até o momento, oito famílias estão desabrigadas e quatro desalojadas. “Essa é a quantidade de família removidas pela Defesa Civil municipal, mas temos um número bem maior de famílias atingidas, mas que não precisaram ainda de remoção”, explicou o coordenador do órgão, major Claudio Falcão.
Desde o início do mês a corporação trabalha nas ocorrências geradas pelas fortes chuvas e rápido aumento do nível dos igarapés e do Rio Acre, em Rio Branco. De acordo com o major Falcão, nas últimas 24 horas, o nível do rio subiu 99 centímetros e a tendência ainda é de aumento, podendo chegar ao nível total de 16 metros nos próximos dias.
Nesse caso, a previsão é de que 100 a 200 famílias fiquem desalojadas ou desabrigadas. “A previsão é de muitas chuvas, trabalhamos com rios de mais cinco municípios que deságuam na capital e temos outros rios afluentes do Rio Acre que colocam muita água dentro da bacia do Rio Acre na capital, por isso esse aumento muito grande”, explicou o coordenador da Defesa Civil.
O Corpo de Bombeiros do estado também monitora outros rios e municípios que também são atingidas pelas cheias nessa época do ano.
Em Sena Madureira, o Rio Iaco transbordou e, entre os dias 10 e 14 de fevereiro, 25 famílias ficaram desabrigadas e 46 desalojadas. Em Tarauacá, a situação também é semelhante em diversos bairros e nove famílias ficaram desabrigadas no último fim de semana. O Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, e o Rio Purus, em Santa Rosa do Purus, estão em alerta.
Os bombeiros e Defesa Civil trabalham em conjunto com outras autoridades públicas para atender e conter os danos às famílias. As remoções, em Rio Branco, segundo o major Falcão, acontecem dentro do plano de contingência do município e respeitando as normas sanitárias de prevenção à covid-19.