Em uma reviravolta surpreendente, a coluna Na Mira apresenta detalhes exclusivos sobre a espetacular fuga de dois membros do Comando Vermelho (CV) de um presídio de segurança máxima em Mossoró, RN. A Secretaria Nacional de Políticas Penais já iniciou uma investigação minuciosa para apurar as circunstâncias dessa fuga, ocorrida na última quarta-feira.
A matéria revela, de maneira inédita, a estrutura da cela de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) na Penitenciária Federal de Brasília, modelo replicado nos presídios federais, inclusive em Mossoró. Os fugitivos, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, conseguiram escapar por uma abertura no teto de uma cela de aproximadamente 6 metros quadrados, equipada com uma pequena mesa e uma banqueta, ambas fixas em concreto.
Os detentos estavam sob o RDD desde setembro de 2023, transferidos do Complexo Penitenciário de Rio Branco (AC) para o presídio federal de Mossoró. A fuga, ocorrida durante o banho de sol, levantou suspeitas sobre a possível participação de agentes penitenciários e agentes públicos, alimentando especulações sobre um conluio para facilitar a escapada dos integrantes do CV.
Após o incidente, o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, foi deslocado para a cidade, e a abertura de uma investigação oficial foi anunciada. O fato ganha ainda mais destaque por ocorrer logo após a posse do novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandovski, que assumiu o compromisso de combater o crime organizado no país.
A perplexidade diante da fuga levanta questionamentos sobre a eficácia do sistema de segurança do presídio de Mossoró. Por que um presídio de segurança máxima possui uma abertura no teto? Mesmo com sensores, alarmes e câmeras de vigilância 24 horas, a ação dos fugitivos passou despercebida, levantando dúvidas sobre a possível cumplicidade dos responsáveis pela segurança.
As primeiras fugas registradas no sistema penitenciário federal exigem uma revisão urgente nos protocolos de segurança. A sociedade aguarda respostas conclusivas e ações concretas para restaurar a confiança no sistema prisional brasileiro. Enquanto as autoridades intensificam os esforços para capturar Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, que permanecem foragidos, a busca pela verdade continua no centro das atenções.