Investigações da 42ª DP (Recreio) revelaram que, além de filmar a relação sexual que manteve com uma adolescente, Gabriel Monteiro sugeriu que ela mentisse a idade, alterando a informação sobre sua data de nascimento nas redes sociais. Mesmo depois de o caso vir à tona, Monteiro ainda se encontrou várias vezes com a jovem na academia que ambos frequentavam na Barra. Por isso, a família da jovem pediu medidas protetivas contra ele.
Ao depor em março, na véspera da reportagem do Fantástico que expôs o caso, a adolescente tentou proteger Monteiro afirmando que somente naquele momento ele soube que ela era menor.
A versão, sustentada pelo então vereador inclusive no Conselho de Ética, não foi corroborada sequer por parentes da adolescente, conforme depoimentos prestados à polícia.
Além da mudança do perfil nas redes sociais, outro fato comprovou que Monteiro sabia que a garota não tinha 18 anos. Em razão da idade, os pais consentiram o relacionamento, mas ela só podia frequentar a casa dele durante o dia. O então vereador chegou a pedir para que os pais da garota permitissem que ela fizesse uma viagem com ele — eles não autorizaram justamente porque ela era menor.
A investigação descobriu ainda que, durante o auge da pandemia de Covid-19, o político levou a namorada para almoçar em um restaurante na Barra. Na época, a vacinação ainda era restrita a maiores de 18 anos. Para entrar no estabelecimento, foi exigida a comprovação de que ambos tinham se vacinado. Mas, por ser menor, a adolescente acabou liberada da exigência.
Em depoimentos ao Conselho de Ética da Câmara, testemunhas sustentaram a versão de que Monteiro sabia sobre a idade da namorada. Tanto que, quando a garota chegava na casa, era recebida com a música tema do desenho infantil “Galinha Pintadinha”.
Fonte: Extra Rio