Sequestrador se entrega após quase 3 horas mantendo passageiros reféns em ônibus na Rodoviária do Rio

Todos os reféns são libertados sem ferimentos, mas duas pessoas são baleadas durante a ação.

No final da tarde desta terça-feira (12), um episódio tenso envolvendo o sequestro de um ônibus na Rodoviária do Rio de Janeiro chegou a um desfecho com a rendição do sequestrador, identificado como Paulo Sérgio de Lima. O incidente, que perdurou por quase três horas, deixou uma marca de preocupação entre os passageiros e autoridades. Segundo o porta-voz da Polícia Militar, Marcos Andrade, todos os reféns, totalizando 17 pessoas, foram libertados ilesos, proporcionando um alívio após momentos de tensão.

Durante a ação do sequestrador, infelizmente, duas pessoas foram atingidas por disparos de arma de fogo. Uma das vítimas, Bruno Lima de Costa Soares, de 34 anos, foi ferida gravemente e encaminhada às pressas para o Hospital Souza Aguiar. Com três tiros no corpo, atingindo o tórax e o abdômen, sua condição é considerada crítica, e ele passou por uma cirurgia de emergência. As autoridades destacam que o estado de saúde de Bruno ainda inspira cuidados.

O relato de uma passageira revela que o drama teve início quando o ônibus, que tinha como destino Juiz de Fora (MG), parou devido a problemas no sistema de ar-condicionado, deixando os passageiros em uma situação desconfortável. Ao retornar à Rodoviária para reparos, alguns passageiros optaram por descer do veículo devido ao calor insuportável. Foi nesse momento que o sequestrador, aparentemente já presente no ônibus, iniciou os disparos, causando pânico entre os presentes.

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Um dos passageiros que presenciou o acontecimento descreveu a situação como aterrorizante. O ônibus, um veículo de dois andares, tornou-se palco de um cenário de violência inesperada, interrompendo abruptamente os planos de viagem de dezenas de pessoas que aguardavam ansiosas pela jornada até Juiz de Fora.

Com 37 passageiros inicialmente destinados à cidade mineira, o incidente mobilizou uma equipe do Corpo de Bombeiros, acionada pouco depois das 15h para prestar assistência diante da crise em andamento. A ação das autoridades, aliada à colaboração dos reféns e da população, resultou na resolução pacífica do sequestro, evitando um desfecho ainda mais trágico.

Este episódio serve como um lembrete da importância de estar preparado para situações de emergência e da eficácia da coordenação entre as forças de segurança para garantir a segurança pública em momentos de crise.