Categorias Paralisarão Serviços a Partir da 0h Contra as Privatizações do Governo de São Paulo
São Paulo, 3 de outubro de 2023 – Os sindicatos dos Metroviários, dos Ferroviários e dos funcionários da Sabesp confirmaram a greve unificada a partir da 0h desta terça-feira (3), com um expressivo apoio de 83% dos associados. Esta paralisação foi convocada como um protesto veemente contra as concessões, terceirizações e privatizações que estão sendo promovidas nas três empresas estatais.
Impacto nas Linhas de Transporte
As linhas de transporte público que devem ser afetadas por essa greve são essenciais para a locomoção de milhões de paulistanos. São elas:
- Linha 1–Azul (Metrô)
- Linha 2–Verde (Metrô)
- Linha 3–Vermelha (Metrô)
- Linha 15–Prata (Metrô)
- Linha 7–Rubi (CPTM)
- Linha 10–Turquesa (CPTM)
- Linha 11–Coral (CPTM)
- Linha 12–Safira (CPTM)
- Linha 13–Jade (CPTM)
Vale ressaltar que as linhas 8-Diamante (trem), 9–Esmeralda (trem) e 5–Lilás (metrô) são administradas pela ViaMobilidade, enquanto a linha 4–Amarela (metrô) está sob a responsabilidade da ViaQuatro.
Devido a essa paralisação, a Prefeitura de São Paulo anunciou a suspensão do rodízio de veículos na terça-feira (3), em uma medida para mitigar os impactos da greve nas vias da cidade.
União dos Trabalhadores
A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, expressou a importância da unidade entre as categorias: “Nós, metroviários, estamos convencidos de que apenas nossas categorias isoladas não se bastam para enfrentar esse projeto. É por isso que, a partir da 0h, vamos parar São Paulo, em unidade, e derrotar as privatizações do governador Tarcísio”.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região emitiu uma decisão determinando a manutenção dos serviços de transporte em 100% durante os horários de pico e 80% nos demais períodos. Além disso, exigiu que 85% do contingente da Sabesp permaneça em atividade. A Justiça também proibiu a liberação das catracas, uma proposta que havia sido feita pelos grevistas.
Posição do Governo
Por sua vez, o governo de São Paulo não poupou críticas à greve, classificando-a como “ilegal e abusiva”. Em nota, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou: “É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão”.
Segundo o comunicado oficial, a greve não foi convocada para reivindicar questões salariais ou trabalhistas, mas sim para que os sindicatos atuem de forma “totalmente irresponsável e antidemocrática” ao se opor a uma pauta de governo que foi respaldada nas urnas de forma legítima. A situação continua a evoluir, e os impactos dessa greve sobre o transporte público e a cidade de São Paulo serão observados com atenção nos próximos dias.