O veareador Gabriel Monteiro é acuso de assédio moral, sexual, forjamento de provas, agressão física e por expor criança o que fere o ECA (Estatuto da criança e do adolescente). O parlamentar cumpriu pelo menos 15 dias de prisão por indisciplina durante os cinco anos como PM. Policia investiga também se foi Gabriel Monteiro ou ex-assessores em que vazou vídeos em que tem relações sexuais com adolescentes
Conhecido nas redes sociais por se promover em ações policiais, se apresentando como policial militar embora já esteja fora da corporação, o vereador Gabriel Monteiro (sem partido) aparece em um vídeo ao qual o portal G1 teve acesso tentando convencer um morador em situação de rua a praticar um furto na Lapa, na região central do Rio de Janeiro.
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O objetivo de Gabriel e de sua equipe era simular o crime para que o vereador pudesse aparecer nas imagens que seriam veiculadas em suas redes dando voz de prisão ao suposto ladrão. No vídeo para as redes, o parlamentar aborda o morador como se tivesse flagrado o furto e diz que está “tentando [resolver a situação] no diálogo”.
Cenas de bastidores do vídeo, que não seriam veiculadas com o suposto flagrante, mas que foram feitas por um ex-funcionário do gabinete do vereador, mostram o homem, já convencido a praticar o furto, pegando e jogando no meio da rua uma bolsa vermelha que seria supostamente da vítima mulher. É neste momento que Gabriel aparece e dá voz de prisão.
Ao perceber a armação e que a ação estava sendo filmada de dentro de um carro pela equipe de Gabriel, o morador passa a reclamar. O vereador pergunta, então, se ele acha que está certo e o morador afirma que sim e que aceitou simular o furto pelo dinheiro que ganharia porque está vivendo na rua e passando fome.
Em seguida, diante do impasse, um homem entra em cena e passa a discutir com o morador. Este homem foi identificado como integrante da equipe de Gabriel e ameaça o morador: “Vai tomar na cara! Vai tomar na cara! Tá abusando já”. O homem da equipe de Gabriel empurra o morador no chão e ameaça pegar um revólver que está na cintura.
Segundo o G1, o agressor é o soldado da Polícia Militar Pablo Batista Foligno, cedido pela corporação a pedido de Gabriel. Ele tem salário de R$ 7.500, dinheiro indenizado pela Câmara de Vereadores à Polícia Militar do Estado para que o funcionário ficasse cedido ao Legislativo da cidade. O soldado aparece também em outros vídeos da equipe de Gabriel Monteiro.
Na última terça-feira (29), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal adiou, por 5 votos a 2, a decisão sobre a conduta do vereador. No último domingo (27), uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, mostrou ex-funcionários acusando Gabriel Monteiro de assédio moral e sexual. Há, também, a acusação de estupro por uma vítima que não foi identificada.
Prisão preventiva de Gabriel Monteiro
Após analisar todo o material que comprove as denúncias em que Gabriel Monteiro é colocado como acusado. O MP pode pedir a prisão preventiva do parlamentar. As possíveis causas: Ameaças a testemunhas, fuga do país, destruição de provas e por deter alto poder aquisitivo o que facilitaria a fuga do país.
Fonte: BdF Rio de Janeiro