A cidade de São Paulo registrou em 2020 a maior quantidade de imóveis novos vendidos em um mês de outubro desde 2004. No décimo mês do ano, o número de imóveis novos vendidos na capital paulista totalizou 5.552 unidades, o que representa uma elevação de 38% em relação ao mesmo mês de 2019. Em comparação a setembro, a alta foi de 7,9%. Os dados, divulgados hoje (1º), são do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
“A reação nas vendas de imóveis vem ocorrendo desde maio, quando superamos a fase mais crítica da quarentena. Contudo, vale destacar que, de agosto a outubro, foram comercializadas 17.049 unidades, 45% do total das vendas do ano”, destacou o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.
No acumulado de janeiro a outubro, foram vendidas 38.287 unidades, 5,6% a mais do que o acumulado do mesmo período de 2019 (36.267 unidades), ano em que houve recorde de vendas. “A economia começa a apresentar sinais de retomada e a atividade imobiliária teve papel fundamental neste movimento de recuperação. Com exceção dos momentos mais agudos da pandemia, o setor imobiliário manteve números positivos, a exemplo do agronegócio”, ressaltou o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet.
Segundo a entidade, contribuíram para o cenário favorável as baixas taxas de juros e os preços acessíveis dos imóveis. O Secovi-SP ressaltou ainda a decisão de não paralisar as obras durante a pandemia. “A determinação do governo federal em classificar a construção civil como atividade essencial foi acertada, porque é enorme a nossa capacidade de gerar empregos, movimentar a economia e atender a uma forte demanda por imóveis”, disse Jafet.