Maria Helena Cordeiro diz que foi massacrada nas redes; ela registrou boletim de ocorrência
A Polícia Civil está investigando o vazamento e distribuição ilegal de um vídeo íntimo da vereadora de Colíder Maria Helena Cordeiro (PSD). Ela registrou um boletim de ocorrência na última semana.
O vídeo foi vazado e começou a circular por meio do WhatsApp. A investigação apura os crimes contra a honra, que são previstos pelo Código Penal: calúnia (art. 138), difamação (art. 139) e injúria (art. 140).
“Eu procurei a delegacia e fiz um boletim de ocorrência porque estão me massacrando. Se perguntar para mim hoje, se eu tentaria o suicídio, eu pensei muitas vezes nisso. Foi um momento difícil, mas que está passando”, afirmou a vereadora em entrevista ao SBT Colíder. “Procurei o delegado, vamos procurar quem fez isso e pedir a todos que, quando receber o vídeo, delete”.
A vereador afirmou ainda que está em conversa com advogados para tentar responsabilizar os autores. “Vamos achar o infrator que soltou o vídeo para que ele receba a pena que merece”.
O delegado Breno Palmeira está à frente do caso. “Sem o consentimento, da vítima sim [há crime]. Havendo consentimento não há crime algum. Ela fez um boletim de ocorrência e nós vamos procurar os autores”, afirmou o delegado. “Como é um crime de massa pela internet, é muito difícil captar todos os autores. Quando entra na rede, fica algo muito complexo”, disse.
O crime de divulgação de vídeo íntimo levar a uma pena de um a cinco anos de prisão. “Cada vez que você recebe um vídeo e repassa, você está cometendo um crime”, explicou o delegado. “Se a pessoa receber [um vídeo íntimo sem consentimento] e parar, ela não comete o crime. Ela apenas recebeu”.
“Divulgar, propagar uma informação desse naipe, que é um vídeo íntimo, é crime perante a nossa Lei, com pena inicialmente fechado”, disse o advogado Maurício Ricardo, que defende a vereadora.
Segundo a defesa, já está sendo feito o levantamento dos nomes das pessoas que compartilharam o conteúdo.