Policial militar mata homem rendido com disparo no peito em São Paulo. O agente alega que o tiro foi acidental, mas é preso. O caso choca a comunidade e levanta questões sobre segurança em abordagens policiais, destacando a necessidade de treinamento adequado e supervisão de agentes. A Ouvidoria da Polícia acompanha o caso, enfatizando a importância da confiança da sociedade nas instituições de segurança pública e na busca por justiça.
Um episódio chocante envolvendo um policial militar no Morro do Piolho, região do Capão Redondo, São Paulo, veio à tona. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um homem já rendido, Matias Menezes Caviquiole, sendo fatalmente atingido por um tiro no peito durante uma abordagem policial. Como isso aconteceu e por que?
O soldado Dernival Santos Silva, de 27 anos, afirmou que o disparo foi acidental e que não tinha a intenção de ferir Matias, um ajudante de pedreiro de 24 anos. A abordagem aconteceu porque Matias supostamente estava interferindo na ação policial contra uma dupla em uma motocicleta sem placa. Um dos ocupantes foi detido, enquanto o outro conseguiu fugir. Além disso, na região, ocorria um baile funk.
O corpo de Matias ficou na rua por nove horas, à espera do transporte das autoridades para remoção. O soldado Dernival foi inicialmente preso em flagrante e indiciado por homicídio culposo, mas ele pagou fiança e foi solto para responder ao crime em liberdade. Sua arma de trabalho, uma pistola da marca Glock, calibre .40, foi apreendida para perícia.
Posteriormente, Dernival foi preso pela própria Polícia Militar, que abriu um inquérito policial militar para investigar o caso. O 47º Distrito Policial registrou o crime como homicídio culposo, alegando que o policial militar negligenciou regras de segurança para evitar o disparo acidental.
O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu as investigações por se tratar de um crime cometido por um agente da PM. A versão de Dernival, de que o disparo foi acidental, foi confirmada pelas filmagens da câmera corporal do soldado.
A tragédia abalou a comunidade e a família de Matias, que lamentam a perda e buscam apoio para o sepultamento. A Ouvidoria da Polícia também acompanha o caso e ressalta a gravidade do episódio, evidenciando a falta de manejo e técnica na abordagem policial, que resultou na morte de um civil.
Esse incidente gera preocupações sobre a segurança em abordagens policiais e destaca a importância da formação e supervisão de agentes em situações delicadas. É fundamental garantir que a justiça seja feita e que a sociedade possa confiar nas instituições responsáveis pela segurança pública.