Segundo ministro da Controladoria Geral da União (CGU), ‘somos agressivos inconscientemente’ no calor do debate
Após o bate-boca entre o ministro da Controladoria Geral da União (CGU) Wagner Rosário e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), o ministro se desculpou com ela e com “todas as mulheres que tenham se sentido ofendidas”. Wagner Rosário chamou Tebet de “descontrolada” após um debate na CPI da Covid. A senadora
“Apesar de tê-lo feito pessoalmente, reitero meus pedidos de desculpas caso minhas palavras tenham lhe ofendido”, publicou o ministro, via Twitter. Na postagem, ele argumenta que o momento mais caloroso da sessão causou as acusações. “Às vezes, no calor do embate, somos agressivos inconscientemente. Estendo minhas desculpas a todas mulheres que tenham se sentido ofendidas.”
A discussão teve início quando a senadora usava o tempo de fala para expor inconsistências em relação às afirmações do ministro sobre as notas fiscais internacionais da empresa Precisa Medicamentos no âmbito do contrato com o governo para venda de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin.
Senadora @SimoneTebetms. Apesar de tê-lo feito pessoalmente, reitero meus pedidos de desculpas caso minhas palavras tenham lhe ofendido. Às vezes, no calor do embate, somos agressivos inconscientemente. Estendo minhas desculpas a todas mulheres que tenham se sentido ofendidas.
— Wagner Rosário (@WRosarioCGU) September 21, 2021
Wagner Rosário chamou os apontamentos da senadora de inverdades. “Com todo respeito à senhora, eu recomendo que a senhora lesse tudo de novo”, disse. Tebet respondeu dizendo: “Não faça isso. O senhor pode dizer que eu falei inverdades, mas não me peça para fazer algo, porque eu sou senadora da República”.
O ministro insistiu: “Releia. A senhora me chamou de engavetador, falou o que quis”. Em seguida, Tebet afirmou que ele estava se comportando como um “menino mimado”. Wagner Rosário rebateu a senadora: “Não me chame de menino mimado, eu não lhe agredi. A senhora está “totalmente descontrolada”.
A fala gerou repúdio de diversos membros da Comissão. A senadora Leila Barros, por exemplo, argumentou que muitas mulheres da Casa são tratadas como “descontroladas” ao usar o mesmo tom de voz e posicionamento de outros homens.
Fonte: R7