8 de dezembro, acordo feliz e eufórico. Talvez um pouco sonolento por não dormir bem, na noite anterior.
Levanto da minha cama e procuro realizar meu afazeres cotidianos. Escovo os dentes, preparo o meu café da manhã e volto a verificar o que tenho a fazer nesse dia. Me dou conta de que todo o meu trabalho tinha sido realizado no dia anterior
Por volta das 10 horas da manhã, o sol está quente e o clima está abafado. Ouço um silêncio ensurdecedor em um lugar que é conhecido pelo barulho. Pessoas conversam na rua. Logo depois, ouço gritos lá fora e uma voz fina de criança me chama insistente lá fora. Saio do quarto e vou atender o portão. Lá encontro meu primo gritando alto e querendo entrar, como faz toda vez que vem aqui em casa e isso muito me alegra. Cumprimento os dois. O meu primo e o meu tio que vieram assistir o jogo naquela manhã de sábado. Era as quartas de final entre o Brasil e a Croácia um time europeu.
Fomos bem nos quatro últimos jogos, e estávamos confiantes de que, esse jogo terminaria em vitória da nossa seleção. Por volta do meio dia, ligamos a televisão para acompanhar a partida. Tocou o hino nacional, e o juiz apitou o início da partida. A seleção brasileira partiu para o ataque, e os croatas resolveram jogar na retranca. Acredito que a intenção deles era manter um empate, nem que fosse em 0 x 0 para levar a partida para a prorrogação e depois, pênalti. O tempo passou e não conseguimos fazer gol no primeiro tempo. Nesse momento estávamos apreensivos, pois não combinava com a nossa seleção sair do primeiro tempo sem fazer nenhum gol. Porém aquilo que era apreensão se transformou em uma explosão de alegria quando Neymar quase no fim do segundo tempo, conseguiu driblar o goleiro deles e fazer um belo golaço. A esperança voltou a reinar e estávamos confiantes que iríamos para as semifinais. Porém, o pior aconteceu, quando em um descuido da nossa seleção, o time deles conseguiu marcar um gol e empatar o jogo.
A coisa começou a ficar complicada pois o tempo passava e um novo gol do Brasil não saia. Terminou o segundo tempo e fomos para a prorrogação e nada de sair o gol. O juiz que apitava a partida parecia está de marcação com os nossos jogadores, porque chegou a deixar de marcar um pênalti claro.
Terminada a prorrogação fomos para a cobrança de pênaltis. Nossa situação nesse momento era delicada, pois estávamos presos no campo que eles queriam a cobrança de pênaltis. Conseguimos converter dois gols, e eles conseguiram marcar 4 gols e o pior perdemos o quarto pênalti que nos manteria na disputa. Sendo assim, terminava ali o sonho esperado do Hexa, e começava o choro dos brasileiros e dos jogadores em campo. O técnico da nossa seleção preferiu ir para o vestiário e os nossos craques ficaram no campo chorando e se lamentando.
Agora pergunto a você, caro leitor, cabe esse choro todo por perder uma copa comprada em um país árabe, ou cabe a nos lamentar o descaso da nossa federação de futebol, a falta de preocupação com quem passa fome, quando nosso jogadores vão ao Catar e comem carne com ouro que custa milhares? Ou será que devemos lamentar e chorar pelos lgbts do país que não tem direito de ser quem são? Devemos chorar, pelas mulheres que são tratadas com menos cuidado do que os camelos dos Sheiks árabes? Acredito que não cabe lamentar a perda dessa Copa, o que cabe é lamentar o fato dela ter existido…
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