Condição é caracterizada por lesão de aspecto branco que aparece na mucosa oral e deve ser avaliada por dentistas ou médicos
Neste sábado (12), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva compareceu ao Hospital Sírio-Libanês (SP) para fazer exames de rotina, como ecocardiograma e tomografias. Conforme nota da instituição hospitalar, os resultados foram normais e “seguem mostrando completa remissão do tumor [de laringe] diagnosticado em 2011”, ou seja, não foram detectadas células que possam provocar o aparecimento novos tumores.
O exame de nasofibroscopia, porém, diagnosticou “alterações inflamatórias decorrentes do esforço vocal e pequena área de leucoplasia na laringe.” Lula foi liberado e, segundo sua assessoria, viajará para o Egito nesta segunda-feira (14) para participar da COP 27.
Pouco conhecido, o termo “o que é leucoplasia” apresentou um aumento repentino nas buscas no Google após a notícia. São chamadas de leucoplasias as lesões com aparência de uma mancha branca ou acinzentada que surgem na cavidade oral.
A condição pode aparecer em pessoas que tem o hábito de tomar bebidas alcóolicas em excesso e fumar, ou simplesmente entre quem costuma morder a parte interna das bochechas ou não está com uma dentadura ajustada. Aqueles que têm sistema imunológico fragilizado por infecções pelo vírus Epstein-Barr (VEB) ou HIV/aids podem apresentar leucoplasia pilosa, cujas manchas esbranquiçadas podem ser confundidas com candidíase oral, já que possuem uma aparência capilar.
Apesar de serem benignas na maioria dos casos, quem se deparar com essas manchas na boca deve procurar um dentista ou médico para correto diagnóstico e tratamento, pois as leucoplasias também podem vir acompanhadas de sinais pré-cancerosos, como lesões avermelhadas e elevadas na boca. Segundo pesquisadores da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FO-USP), em artigo ao Jornal da USP, apenas “cerca de 1% dos casos [de leucoplasia] podem ser sofrer malignização.”
O aparecimento de leucoplasias é mais comum a partir dos 60 anos e tem maior prevalência entre mulheres. A condição pode ser agravada pelo tabagismo e pelo alcoolismo — e o combate a esses hábitos pode prevenir a formação dessas lesões, bem como o desenvolvimento de tumores decorrente do agravamento delas.
A condição pode ser diagnosticada por dentistas ou médicos ao examinar a boca do paciente. Análises de tecidos e biópsia da lesão podem determinar a natureza da mancha. Leucoplasias podem ser retiradas cirurgicamente e o tratamento pode incluir antivirais e medicamentos de uso tópico.
Fonte: Galileu