Operação Escudo prende 160 e registra 16 mortos após caso de soldado da Rota

Polícia apreende 479,8 kg de drogas e 22 armas durante ação em Guarujá, SP

Polícia Militar iniciou a Operação “Escudo” em Guarujá, SP — Foto: Carlos Abelha

A operação policial deflagrada na Baixada Santista, em resposta à morte do policial militar da Rota, Patrick Bastos Reis, já resultou na prisão de 160 pessoas e no registro de 16 mortes até o momento. O balanço parcial da ação, que continua em vigor, foi divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP).

Das prisões, 134 foram efetuadas pela Polícia Militar e 26 pela Polícia Civil. Os números referem-se a nove dias de operação, iniciada em 28 de julho e com término previsto para 5 de agosto. Ao longo desse período, os agentes conseguiram apreender impressionantes 479,8 quilos de entorpecentes.

Em um esforço incansável para combater o crime, os agentes também realizaram a vistoria de 565 veículos, sendo 324 carros e 241 motocicletas, resultando no recolhimento de 33 automóveis aos pátios por irregularidades. Além disso, durante a operação, foram apreendidas 22 armas, incluindo pistolas e fuzis.

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Mortes em confronto

Sobre as 16 vítimas fatais, a SSP-SP informou que pelo menos dez tinham antecedentes criminais, relacionados a delitos como roubo, receptação e tráfico de drogas, entre outros. A secretaria, no entanto, não divulgou detalhes sobre as circunstâncias das mortes, afirmando que ocorreram durante confrontos.

Para garantir a transparência e a imparcialidade nas investigações, os casos estão sendo analisados pela Deic de Santos e pela Polícia Militar. As imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos serão anexadas aos inquéritos e estão disponíveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM.

Defensoria Pública oficia o governo

Diante dos acontecimentos e a fim de assegurar a legalidade e a proteção dos direitos dos envolvidos, a Defensoria Pública de São Paulo emitiu um ofício à SSP-SP solicitando a imediata interrupção da operação policial em Guarujá. Além disso, o órgão também pediu o afastamento temporário das ruas dos policiais militares envolvidos nas mortes.

A Defensoria enfatizou que, caso haja alguma excepcionalidade que justifique a continuidade da operação, o governo estadual deve apresentá-la por escrito ao Ministério Público, com a identificação dos responsáveis pelo comando da ação. Além disso, a defensoria recomendou a utilização de câmeras corporais no uniforme de todos os agentes da Polícia Militar envolvidos na operação.

Ampliando o diálogo e compartilhamento de dados

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo respondeu à Defensoria Pública informando que tem ampliado a interlocução e compartilhamento de dados com diversas instituições, incluindo o Ministério Público e a própria Defensoria. O objetivo é aperfeiçoar as ações na área da segurança pública, garantindo a legitimidade das operações realizadas pelas forças de segurança.

Para promover a transparência nas ações policiais, representantes da Defensoria Pública e do Ministério Público se reuniram para discutir dados relativos ao primeiro semestre e questões relacionadas aos ataques contra policiais na região da Baixada Santista.

A SSP-SP destacou o respeito pelo papel constitucional de cada instituição democrática e lamentou acusações infundadas. A pasta reiterou que o enfrentamento do crime na região tem sido uma prioridade do Governo do Estado, enfatizando o compromisso contínuo e reforçado dos policiais na proteção dos moradores.

Entenda o caso

Polícia Militar iniciou a Operação “Escudo” em Guarujá, SP — Foto: Carlos Abelha

O soldado Patrick Bastos Reis foi baleado durante um patrulhamento na comunidade da Vila Júlia, em Guarujá, na quinta-feira (27), vindo a óbito no mesmo dia. Além dele, outro policial foi baleado na mão esquerda, mas foi atendido no Hospital Santo Amaro e liberado.

Em resposta a essa ação criminosa, a Polícia Militar iniciou a Operação Escudo, com o objetivo de capturar os responsáveis pelo ataque aos agentes.

Erickson, conhecido como ‘Deivinho’, foi capturado na Zona Sul de São Paulo, durante a noite do último domingo (30). Segundo informações da polícia, Erickson tem 28 anos, é solteiro e é apontado como o autor do disparo que vitimou o policial da Rota, a uma distância de mais de 50 metros.

Defesa do suspeito

Em entrevista à TV Tribuna, o advogado de Wilton Felix, suspeito conhecido como Erickson, afirmou que seu cliente se declara inocente e alega que estava na comunidade da Vila Julia apenas para comprar drogas, não tendo envolvimento no evento que resultou na morte do policial.

Segundo o advogado, imagens foram vinculadas ao suspeito, apontando-o como o responsável pelo crime, mas ele nega qualquer participação e alega que fugiu do local por medo após ouvir os tiros.

Ação do governo estadual

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o secretário de segurança do estado, Guilherme Derrite, anunciaram medidas de reforço no efetivo policial e a instalação de uma nova unidade em Guarujá após a morte do PM Patrick Bastos Reis. As ações visam combater o tráfico na Baixada Santista, que se mostrou uma prioridade diante dos recentes eventos.

Governador Tarcísio de Freitas durante coletiva sobre operações na Baixada Santista e Centro de SP — Foto: Governo de SP

O governador informou que a Operação Escudo continuará ativa na região por pelo menos 30 dias e prometeu implementar novas medidas para responder ao clamor por segurança na área.

Nota: Foi um desafio organizar o texto seguindo as informações fornecidas, distribuindo os parágrafos e utilizando a voz passiva.