A operação padrão dos servidores do Banco Central (BC) fez o órgão adiar, para o início de novembro, a divulgação dos indicadores econômicos de setembro, que começaria nesta semana.
Inicialmente prevista para a próxima quinta-feira (26), a apresentação das estatísticas do setor externo passou para 6 de novembro, às 8h30, com entrevista coletiva às 10h30. Entre os dados divulgados nesta nota, estão as transferências de lucros de filiais brasileiras para matrizes no exterior e os gastos de turistas brasileiros em outros países.
As estatísticas monetárias e de crédito, que seriam divulgadas na sexta-feira (27), só serão conhecidas em 7 de novembro, nos mesmos horários (números às 8h30 e entrevista às 10h30). Os números apresentados incluem as taxas médias de juros do cheque especial e do cartão de crédito (rotativo e parcelado).
As estatísticas fiscais, que seriam divulgadas na próxima segunda-feira (30), passarão para 8 de novembro, nos mesmos horários das publicações anteriores. Nessa nota, o BC divulga o resultado primário, resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública, da União, dos estados, dos municípios e das estatais pela metodologia da autoridade monetária.
Reivindicações
Os servidores do BC estão mobilizados desde julho. A categoria reivindica a reestruturação da carreira e a criação de um bônus de produtividade semelhante ao existente para a Receita Federal e a reestruturação da carreira.
Eles também pedem equiparação entre a remuneração dos servidores do órgão e dos procuradores do Banco Central (advogados). Segundo os servidores, economistas com muitos anos de carreira ganham menos que procuradores por causa dos honorários incorporados aos salários da área jurídica do órgão.
No ano passado, os servidores do Banco Central fizeram uma operação padrão de janeiro a abril e promoveram duas greves: uma entre 1º e 19 de abril e outra entre 3 de maio e 5 de julho.