Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Secretaria Estadual da Administração Penitenciária e Força Nacional deflagraram nesta quarta-feira (22) a Operação Sentinela. É para combater a organização criminosa responsável por ataques criminosos iniciados na madrugada do dia 14 em diversos municípios do estado.
Segundo o MPRN, 13 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão são cumpridos em Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Canguaretama, Bom Jesus, Santo Antônio, Caiçara do Norte, Acari e Macau.
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Pelo menos dois homens já foram presos em flagrante durante a operação, de um total de 18 prisões decretadas. Cinco dos alvos não foram localizados, motivo pelo qual já são considerados foragidos da justiça. Os nomes dos presos ainda não foram divulgados.
Mulher é presa
“Todos os mandados foram direcionados a pessoas suspeitas de integrarem o Sindicato do Crime do RN (SDC), organização criminosa vinculada aos ataques à sociedade potiguar na última semana. Entre as 13 pessoas presas, uma é mulher. Dentro da facção elas são conhecidas como ‘cunhadas’ – mulheres de faccionados que acabam integrando a organização criminosa”, informou, em nota, o Ministério Público estadual.
As ações das forças policiais resultaram também na apreensão de armas, drogas, aparelhos de telefonia celular, documentos e dinheiro em espécie.
De acordo com os investigadores, a maior parte dos presos “já tem condenação por envolvimento com organização criminosa, tráfico de drogas, roubos e homicídios, sendo que alguns deles cumpriam pena em regime semiaberto, com uso de tornozeleiras eletrônicas”.
Alguns dos presos violaram o sistema de monitoramento eletrônico “coincidentemente antes e durante ataques registrados nos últimos dias”, informou o MPRN.
“Para os investigadores, não existem dúvidas sobre o poder de mobilização das centenas de membros da organização criminosa. A sensação de terror sentida e presenciada pelos potiguares nos últimos dias, decorrente dos ataques criminosos perpetrados contra instituições públicas e privadas e contra agentes de segurança pública, retrata bem tal panorama”, detalhou a nota.
As pessoas presas durante as ações de hoje são, segundo os procuradores, “lideranças da organização criminosa em liberdade que exercem ou exerceram funções relevantes para a facção”.
Entre os crimes cometidos está o de constituir e integrar organização criminosa, delito cuja pena pode ser de reclusão de três a oito anos, podendo ser aumentada nos casos em que se tenha feito uso de arma de fogo; ou “agravada” nos casos em que os condenados sejam identificados como líderes.
Participam da Operação Sentinela três promotores de justiça; 16 servidores do MPRN; 60 policiais federais; 31 policiais rodoviários federais; 96 policiais militares; e 24 policiais penais.