Papa: ‘Quem não quer dialogar não quer paz’

O Papa Francisco fez um apelo pela paz no Oriente Médio, neste domingo, durante a celebração do Angelus na Praça de São Pedro. O pontífice agradeceu a Deus pela trégua que pôs fim aos 11 dias de conflito entre Israel e a Palestina, e pediu que o diálogo seja o caminho para a convivência pacífica entre os povos.

Papa Francisco fala no Vaticano

A trégua e os reféns

Francisco manifestou sua gratidão pela cessação das hostilidades, que foi mediada pelo Egito e apoiada pela comunidade internacional. Ele também saudou a libertação de alguns reféns, e expressou seu desejo de que todos os sequestrados possam voltar para suas famílias o mais rápido possível.

“Rezamos para que todos eles sejam libertados o mais rapidamente possível. Deixemos que mais ajuda humanitária entre em Gaza e insistimos no diálogo: é a única forma de termos paz”, disse o papa.

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A solidariedade com as vítimas

O líder da Igreja Católica também expressou sua proximidade com as vítimas do conflito, que deixou mais de 250 mortos, a maioria palestinos, e milhares de feridos e desabrigados. Ele pediu que sejam respeitados os direitos humanos e o direito internacional, e que se evitem novas violências.

“Estou próximo das famílias que choram seus mortos e dos feridos. Penso nas crianças que sofreram com o medo e os traumas. Que Deus conceda consolo aos que sofrem e inspire gestos de solidariedade e de paz”, afirmou.

O diálogo como caminho para a paz

O papa reiterou sua convicção de que o diálogo é o único meio para alcançar uma solução duradoura para o conflito, que envolve questões históricas, políticas, religiosas e culturais. Ele convidou os fiéis a rezarem pela paz no Oriente Médio, e a apoiarem os esforços de reconciliação entre israelenses e palestinos.

“Quem não quer dialogar não quer paz. O diálogo é o caminho para a paz. Rezemos pela paz no Oriente Médio, especialmente em Jerusalém, cidade santa para judeus, cristãos e muçulmanos. Que prevaleça sempre o espírito do diálogo, da compreensão mútua e do respeito recíproco”, concluiu.