Depois de dois anos de ausência, em função da pandemia do novo coronavírus, o Serviço Social do Comércio (Sesc) promove a terceira edição do Festival Arte da Palavra (Farpa) em Paraty, na Costa Verde do estado do Rio de Janeiro, no período de 21 a 23 deste mês. As edições anteriores foram realizadas em Pernambuco, em 2018; e na Bahia, em 2019. A programação é inteiramente gratuita e aberta a “todos que quiserem prestigiar o evento e conhecer as novas vozes da literatura nacional, bem como aquelas que já estão consolidadas”.
O recado foi dado à Agência Brasil pelo analista de Literatura do Departamento Nacional do Sesc, Diogo Borges. O Farpa integra o projeto Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras, maior circuito literário nacional promovido pelo Sesc que, ao longo deste ano, leva 140 artistas em circulação de Norte a Sul do país, em mais de 520 atividades, divididas em oficinas de criação literária, debates entre autores e apresentações de oralidades, que incluem poetas, slammers (competidores de poesia falada) e repentistas.
A abertura oficial do Farpa será às 14h, no Sesc Santa Rita, em Paraty. Somente no sábado (23), o início das atividades ocorrerá a partir das 16h. Segundo Diogo Borges, o festival é uma “mostra dos artistas que estão circulando pelo Arte da Palavra este ano”. Participam o escritor, romancista e contista Marcelino Freire, de Pernambuco; a poetisa Sony Ferseck, de Roraima, dividindo uma mesa de debate com Elisa Pereira, também poetisa de Paraty; Tamy Ghannam, booktuber de São Paulo, entre outros nomes. Quem participar poderá assistir às mesas de diálogos, apresentações poéticas e artísticas, tudo em conexão com a literatura.
Pilares
“O Sesc tem o festival como um dos pilares da nossa política cultural para o Brasil, que é a difusão das diferentes literaturas que são feitas no país inteiro. A gente não realiza uma mostra com autores, escritores apenas do Rio ou de São Paulo, ou do eixo Sul/Sudeste. A gente apresenta o panorama das literaturas que estão sendo feitas nas diferentes vertentes literárias e desenvolvendo ações sistemáticas. O Farpa mostra um pouco do que a gente desenvolve ao longo do ano no Arte da Palavra”, reiterou Diogo Borges.
O Circuito de Criação Literária, por exemplo, incentiva a formação de jovens escritores. Já Oralidade é um panorama do que vem sendo desenvolvido em termos de cordel, slam. E o Debate entre Autores visa mostrar diferentes ficções literárias dos prosadores em conto, crônica e romance. A programação do festival inclui também um bate-papo com os vencedores do Prêmio Sesc de Literatura do ano passado, que são o paraense Fabio Horácio-Castro, vencedor na categoria romance com O Réptil Melancólico, e o pernambucano Diogo Monteiro, escolhido como melhor de livro de contos, com a obra O que a casa criou.
No primeiro dia do Farpa, será lançada ainda a nova edição da Revista Palavra, publicação anual do Sesc que celebra os autores nacionais e a literatura. A programação do Farpa, em Paraty (RJ), pode ser conferida no site