Passageira diz que motorista que atropelou Kayky Brito não corria: ‘Estava com velocidade tranquila’

Depoimento da passageira esclarece detalhes do acidente na Barra da Tijuca

Maria Estela Lima, a passageira que estava no carro de aplicativo envolvido no atropelamento do ator Kayky Brito, compareceu à 16ª DP, na Barra da Tijuca, nesta segunda-feira (4), para prestar seu depoimento crucial para entender o incidente que ocorreu na madrugada na Avenida Lucio Costa. O motorista, em questão, foi submetido a exames e interrogatórios pela polícia. De acordo com Maria Estela, o veículo não estava em excesso de velocidade e, pelo contrário, transitava a uma velocidade tranquila, afastando a ideia de alta velocidade como fator contribuinte para o acidente.

A passageira que estava no carro de aplicativo que atropelou Kayky Brito — Foto: g1/Raoni Alves

O ator Kayky Brito, de 34 anos, sofreu um grave acidente quando atravessava a via fora da faixa de pedestres, resultando em traumatismo craniano e múltiplas fraturas em seu corpo. Ele encontra-se sedado e intubado na UTI do Hospital Copa D’Or, onde foi submetido com sucesso a procedimentos para tratar suas fraturas.

A rápida reação do motorista, que parou para prestar socorro, foi evidente. O condutor, após a ocorrência, foi encaminhado à 16ª DP e ao Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio, onde foi submetido ao exame de alcoolemia, que não indicou consumo de bebida alcoólica.

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O atropelamento foi registrado pelas câmeras de segurança de um quiosque na Praia da Barra da Tijuca, o que permitirá uma análise detalhada dos eventos que levaram ao incidente.

Detalhes do depoimento da passageira

No depoimento prestado pela passageira, Maria Estela relatou que estava indo do Península para o Barramares e que ambas, ela e sua filha de 10 anos, estavam sem cinto de segurança durante a corrida. Ela enfatizou que não houve impacto no veículo e que não foi projetada com a batida. Maria Estela também ressaltou que não percebeu que o motorista estava correndo, caso contrário, teria colocado o cinto. No primeiro momento, ela imaginou que se tratava de uma colisão com uma moto.

A dentista, ao deixar a delegacia, compartilhou sua preocupação com o estado emocional de sua filha após o atropelamento. Ela destacou que a criança estava muito nervosa e precisou de apoio após o incidente. Maria Estela também elogiou a atitude do motorista do aplicativo, descrevendo-o como atencioso e tranquilo, demonstrando estar abalado com a situação.

Paes quer reduzir velocidade da via

O prefeito Eduardo Paes, em resposta ao trágico acidente, manifestou seu desejo de realizar um estudo para reduzir a velocidade na orla da cidade. Ele considera que a velocidade máxima permitida de 70 km/h na região é excessiva, especialmente em uma área que deveria ser dedicada à contemplação, lazer e paz. O prefeito determinou à CET-RIO que apresente, ainda nesta semana, uma proposta para mudar o limite de velocidade na orla do Rio e planeja estender essas mudanças para outras vias da cidade.

Câmera interna no carro pode fornecer evidências adicionais

O veículo de aplicativo envolvido no incidente estava equipado com uma câmera interna, e o motorista costumava gravar as corridas. Esta informação foi revelada pelo delegado Ângelo Lages, titular da 16ª DP (Barra), que espera receber as imagens da câmera nesta segunda-feira. Essas imagens podem fornecer evidências adicionais que ajudarão a esclarecer os eventos que levaram ao atropelamento de Kayky Brito, contribuindo para uma investigação mais completa e precisa sobre o caso.